A chefe da bancada parlamentar da Renamo, Ivone Soares, disse ontem, em Maputo, que gostaria de ver mais mulheres nos órgãos de tomada de decisão do país.
A responsável fez estas declarações durante a celebração dos 37 anos da criação da Liga Feminina da Renamo, evento que reuniu centenas de mulheres.
Ivone Soares apontou a participação activa da mulher membro da Renamo na vida política e económica do país como um dos avanços verificados desde a criação da liga feminina do partido. “Gostaríamos de ver o envolvimento massivo da mulher nas várias posições de decisão do país, como contributo no processo de desenvolvimento”, afirmou.
O encontro das mulheres da Renamo contou com a intervenção do líder do partido, Afonso Dhlakama, através de uma teleconferência. Dhlakama destacou o papel da mulher na luta pela democratização do país.
“A mulher auxiliou e trabalhou em pé de igualdade com os homens, em várias repartições e em todas as províncias, durante a guerra. Por isso, as mulheres moçambicanas foram representadas na luta pela democracia”, disse Dhlakama, encorajando as mulheres a serem focadas e determinadas.
“Quero prometer às mulheres ou à liga feminina do partido Renamo que o seu sacrifício durante a luta não foi em vão. Embora a democracia não esteja a funcionar devidamente, já há sinais de que Moçambique será exemplo na região da África Austral, no que se refere ao bem-estar da maioria”, concluiu.
Helena Micule, presidente da liga feminina do partido, destacou a necessidade de progresso no diálogo político entre o Presidente da República e o líder da Renamo, para o alcance da paz efectiva.
A Liga Feminina da Renamo foi criada a 5 de Julho de 1980, na província de Manica, na base de Macoque, distrito de Sussundenga, posto administrativo de Dombe, com o objectivo de dar continuidade ao processo de democracia.
Fonte: O Pais -Politica
