Severino Ngoenha diz que candidatos à Presidência devem se comprometer com investimento na ciência

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Na cerimónia de lançamento do seu novo livro, esta quinta-feira, Severino Ngoenha falou pouco, mas o suficiente para deixar a principal mensagem que pretende com o seu novo livro. Em “Da Wasselia à Wasselia”, o filósofo recorre, inicialmente, a um episódio familiar, envolvendo a mãe e os filhos no debate sobre a importância do conhecimento no desenvolvimento das sociedades actuais.Para Severino Ngoenha, num contexto de pré-campanha, os candidatos à Presidência da República devem se comprometer com o investimento na ciência e na técnica, pois, de outro modo, Moçambique nunca poderá competir com os países mais desenvolvidos do mundo.“Como eu estou em campanha eleitoral, tenho quatro pontos que peço que todos os candidatos metam na campanha. Primeiro, obrigarem a esses gajos todos a pagarem impostos. Os nossos e os outros. Todos. Segundo, que o fundo soberano seja transparente. Terceiro, que haja separação de poderes. Quarto, gostaria que pelo menos 10% desse fundo soberano seja investido massivamente na escola. Da escola primária à universidade. E não para ensinar A, B e C com crianças sentadas no chão, sem fazermos casos disso, mas sonhar grande”.Na percepção do filósofo, actualmente, a diferença entre Moçambique e os países ocidentais, no que ao conhecimento científico e tecnológico diz respeito, está para um txova e uma nave especial. Com isso o académico quis dizer que nunca houve, na história da humanidade, tanta diferença em termos de investimento tecnológico entre os moçambicanos e os ocidentais. “A diferança entre nós e o Ocidente, hoje, é entre o nosso txova e as naves espaciais que fazem turismo para a lua. Esta é a maior diferença jamais existida na história do mundo. Quando nós fomos dominados no séc. XV, éramos tecnologicamente inferiores. Esta diferença, a diferença tecnológica entre o Norte e o Sul do mundo nunca foi tão grande como hoje. Eles conseguiram fazer a escravatura. Séc. XIX colonialismo, porque eram mais fortes do que nós. Essa diferença é 50 vezes mais importante, hoje”, defendeu, Severino Ngoenha.Na Universidade Técnica de Moçambique (UDM) “Da Wasselia à Wasselia” foi apresentado por José Castiano, que enalteceu o percurso bibliográfico de Severino Ngoenha. Por conseguinte, Castiano apontou as razões por que julga pertinente a leitura do novo projecto de Ngoenha: o cruzamento da tradição, da tecnologia e da educação. O livro “Da Wasselia à Wasselia” foi lançado sob a chancela da Editorial Fundza.

Fonte:O País

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