Visabeira vai implementar projectos de electrificação em Manica, Tete e Zambézia, avaliados em US$ 24,5 milhões

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Em causa está o projecto “ProEnergia+” lançado pela Electricidade de Moçambique – EDM, a concretizar em 24 meses e em que o consórcio formado pela Visabeira Infra-estruturas e Electrotec SA (empresa moçambicana participada pela Visabeira) venceu três dos nove contratos, segundo o edital citado pela Lusa.

O primeiro desses contratos, de mais de US$ 4,9 milhões, envolve, na província de Manica, a construção de 550 quilómetros (km) de condutor 33KV, de 166 km de linha de baixa tensão (0,4KV), a instalação de 165 transformadores de distribuição montados em postes, a ligação eléctrica a 42.181 agregados familiares, a instalação de 3.020 postes de iluminação pública e a substituição de outros 2.140 postes.

O segundo contrato, com a empreitada a decorrer na província de Tete, vai custar mais de US$ 6,1 milhões e envolverá a construção de 751 km de condutor de 33KV, de 235 km de linha de baixa tensão (0,4KV), a instalação de 275 transformadores de distribuição montados em postes, a ligação eléctrica a 51.946 agregados familiares, bem como a instalação de 4.680 postes de iluminação pública.

O terceiro contrato, na província da Zambézia, no valor de quase US$ 13,5 milhões, prevê a construção de 1.866 km de condutor de 33KV, de 660 km de linha de baixa tensão (0,4KV), a instalação de 547 transformadores de distribuição montados em postes, a ligação eléctrica a 108.165 agregados familiares e a instalação de 10.780 postes de iluminação pública.

Além do consórcio com a Visabeira, a adjudicação dos restantes seis contratos do projecto foi feita à Elemech Engenharia, no valor de US$ 2,5 milhões, ao consórcio MPI e LRC, no valor de US$ 3,4 milhões, à AD Power, no valor de mais de quatro milhões de dólares, ao consórcio Tes Top e Qingdao Powtech, no valor de US$ 24,5 milhões e à Routeways, por US$ 5,1 milhões.

Moçambique realizou mais de meio milhão de novas ligações domiciliárias de electricidade em 2023, elevando a taxa de cobertura acima dos 50%, segundo dados da execução orçamental do ano passado.

De acordo com o documento governamental sobre a execução de Janeiro a Dezembro de 2023, o processo de “expansão da rede eléctrica nacional permitiu o estabelecimento de 522.824 novas ligações domiciliárias”.

Destas, 382.403 foram concretizadas através da Rede Eléctrica Nacional e 140.421 “através de sistemas isolados”.

Assim, acrescenta o documento, a taxa da população com acesso a energia eléctrica passou de 47,8% em 2022 para 53,4% em 2023.

Moçambique prevê atingir em 2030 o acesso universal à energia com medidas que incluem a expansão da infra-estrutura eléctrica e soluções fora da rede, segundo a Estratégia de Transição Energética – ETS.

“A expansão da rede será fundamental para garantir o acesso universal à energia”, tanto eléctrica como térmica, aponta o documento aprovado pelo Governo, recordando que, segundo a Estratégia Nacional de Electrificação, para atingir este objectivo em 2030, com uma percentagem de 70% de soluções ligadas à rede e 30% fora da rede, serão necessárias “aproximadamente 2,5 milhões de novas ligações na rede e dois milhões de ligações fora da rede”.

 

 

Fonte: O Económico

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