Produtores agro-pecuários dizem que Estado devia ser mais interventivo

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Produtores agro-pecuários sentem que o Estado tem feito pouco para ajudar as empresas a resistirem às mudanças climáticas. Dizem que os nacionais não têm condições de competir com estrangeiros e a situação piora quando um desastre acontece.Arif Razak, produtor, transformador e comerciante de carne bovina, André Horta, da Merec, e o professor universitário de veterinária, Rafael Escrivão, juntaram-se, na manhã desta quinta-feira, no primeiro painel do segundo dia da Mozgrow.O tema da discussão era mesmo a adaptação e resiliência às mudanças climáticas no sector da agro-pecuária. Todos foram incisivos ao afirmar que falta intervenção do Estado no país.Por exemplo, André Horta, que começou por falar do final da cadeia, disse que “é importante que a compra do produto nacional seja estimulada”.Para fazer isso, chama-se a intervenção do Estado, que é quem deverá aprovar políticas que possam criar algumas barreiras à entrada de produtos estrangeiros e facilitar a produção e comercialização local, tal como se fez com o frango nacional.Isso seria óptimo, mas Arif Razak entende que há mais que possa fazer, até porque, para ele, “não é só mudar as políticas, mas é preciso, também, capacitar as pessoas com as novas soluções”.A questão de financiamento é um problema transversal. Por falar em transversalidade, esteve lá uma plateia diversa. Aliás, entre os participantes estava a directora provincial de Pesca e Agro-pecuária de Maputo, que negou a ausência de políticas de resistência às mudanças climáticas na área.Mariamo José disse que há, sim, políticas, mas é necessário que todas tenham a vontade de fazer a sua parte. Só que o professor universitário, Rafael Escrivão, disse que o problema maior é que essas leis, mesmo existindo, não são devidamente divulgadas, e isso dá cabo da eficácia delas.Da plateia veio também o posicionamento de que, entre a existência e a eficácia, há muitas coisas a serem feitas. Por exemplo, uma participante defendeu que é preciso que se crie um alinhamento entre esses documentos e as pessoas que estão no terreno para aplicá-los.

Fonte:O País

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