Os preços do petróleo foram negociados em torno de seu nível mais baixo em seis semanas nesta quarta-feira, 24/07, com o hemisfério norte a aprofundar-se no verão, com sinais limitados do esperado aumento do consumo de combustível que o período normalmente regista.
Nesta quarta-feira, 24/07, houve apenas um ligeiro alívio, com os preços quebrando três sessões consecutivas de declínio, com a queda dos estoques de petróleo dos EUA e os crescentes riscos de fornecimento de incêndios florestais no Canadá impulsionando os preços.
Os futuros do petróleo Brent para setembro subiram 66 centavos, ou 0,8%, para US$ 81,67 por barril, às 09:08 GMT. O petróleo americano West Texas Intermediate para Setembro aumentou 65 centavos, ou 0,8%, para US$ 77,61 por barril.
A razão provável para a maior venda tem sido a “diminuição das esperanças de ressurreição da procura”, com “uma admissão por parte das refinarias de que o salto de verão no consumo simplesmente não está a acontecer”, disse Tamas Varga, da corretora de petróleo PVM.
Os preços tinham caído para um mínimo de seis semanas na terça-feira, 23/07, com o Brent a fechar no seu nível mais baixo desde 9 de junho, devido às negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, num plano delineado pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, em maio, e mediado pelo Egipto e pelo Qatar.
Os preços também sofreram devido à preocupação contínua de que o abrandamento económico na China, o maior importador mundial de petróleo bruto, enfraqueceria a procura global de petróleo.
O WTI tinha perdido 7% nas três sessões anteriores, enquanto o Brent caiu quase 5%.
Os inventários de petróleo bruto, gasolina e destilados dos EUA caíram pela quarta semana consecutiva na semana anterior, de acordo com fontes do mercado citando o Instituto Americano do Petróleo (API), reflectindo uma procura constante no maior consumidor mundial de petróleo.
Os incêndios florestais no Canadá também apoiaram os preços. Os incêndios forçaram alguns produtores a reduzir a produção e estavam a ameaçar uma grande quantidade de oferta, disseram os analistas do ING.
“O mercado está a aproximar-se do território de sobrevenda e continuamos a acreditar que os fundamentos apoiam a subida dos preços a partir dos níveis actuais durante o resto do terceiro trimestre, devido a um ambiente deficitário”, afirmaram os analistas do ING numa nota.
Os números do API mostram que as existências de petróleo bruto caíram 3,9 milhões de barris na semana que terminou a 19 de julho, disseram as fontes do mercado, falando sob condição de anonimato. As existências de gasolina caíram 2,8 milhões de barris e as de destilados 1,5 milhões de barris.
Seria a primeira vez que as reservas de petróleo bruto nos Estados Unidos cairiam por quatro semanas consecutivas desde setembro de 2023.
Os dados oficiais do governo sobre as existências de petróleo deverão ser divulgados nesta quarta-feira, 24/07.
Fonte: O Económico
