Preço da castanha de caju sobe para 45 Meticais por quilograma com expansão de exportações para a China

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O preço de referência para a venda da castanha de caju em bruto na campanha de comercialização 2024/2025 será fixado em 45,00 meticais por quilograma, o que representa um aumento de 10 meticais em relação à safra anterior. Inicialmente, os produtores haviam proposto um valor de 52,00 meticais por quilograma, mas o consenso foi alcançado na primeira sessão do Conselho Técnico, realizada em Maputo, na última sexta-feira, 13/09.  Este fórum, que reúne representantes do Governo, produtores, comerciantes e exportadores, discutiu amplamente o preço e agora submeterá a proposta final ao Conselho de Ministros para apreciação e aprovação.

O Vice-Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Olegário Banze, que presidiu ao encontro, destacou a importância da cooperação entre os intervenientes da cadeia de valor da castanha de caju para garantir um crescimento sustentável da produção. Segundo Banze, o trabalho conjunto tem sido um pilar importante, levando ao aumento significativo do plantio de cajueiros no país, o que resultou numa produção anual de cerca de 142 mil toneladas de castanha. Além do aumento da produção, o vice-ministro mencionou que a qualidade da castanha também melhorou, com o peso médio aumentando de 44 para 47 libras. Este ganho de qualidade tem contribuído para melhores preços de exportação e maior competitividade no mercado internacional.

O Director-Geral do Instituto de Amêndoas de Moçambique, Ilídio Bande, indicou que, dependendo da evolução dos preços no mercado internacional, a tabela de referência para a venda da castanha poderá ser ajustada. A volatilidade do mercado global, especialmente para commodities como a castanha de caju, é um fator determinante para a fixação dos preços locais. Outro desenvolvimento significativo apontado pelas autoridades foi a recente assinatura de um acordo entre Moçambique e a China, que abre uma nova janela de oportunidades para a exportação de castanha de caju e macadâmia para o mercado chinês. Este acordo é visto como uma grande oportunidade para produtores, processadores e exportadores, expandindo as possibilidades de comercialização e contribuindo para o fortalecimento da indústria local.

O Instituto de Amêndoas de Moçambique desempenha um papel crucial na definição de estratégias para promover as amêndoas moçambicanas, assegurando que os produtos ganhem reconhecimento pela sua qualidade e competitividade no mercado internacional. As autoridades esperam que as ações coordenadas levem a um aumento da visibilidade e da procura pela castanha moçambicana, beneficiando diretamente todos os envolvidos na cadeia de valor. Com esses avanços, espera-se que a campanha de 2024/2025 traga benefícios significativos para os produtores e que o setor continue a crescer, aproveitando tanto o mercado interno quanto as oportunidades de exportação internacional.

Fonte: O Económico

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