Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira, 16/10, em meio à incerteza sobre o que pode acontecer a seguir no conflito do Oriente Médio, depois de as preocupações com a demanda terem derrubado o mercado, na sessão anterior, para o seu nível mais baixo desde o início de Outubro.
Os futuros do petróleo bruto Brent subiram 19 cêntimos, ou 0,3%, para US$ 74,44 por barril, às 06:30 GMT. Os futuros do petróleo bruto U.S. West Texas Intermediate subiram 24 cêntimos, ou 0,3%, para US$ 70,82 por barril.
Os preços do petróleo caíram mais de 4% para uma baixa de quase duas semanas na terça-feira, 15/10, devido a uma perspectiva de demanda mais fraca e depois de um relatório da mídia dizer que Israel não iria atacar as instalações nucleares e petrolíferas iranianas, aliviando os receios de uma interrupção do fornecimento.
No entanto, persistem as preocupações quanto a uma escalada no conflito entre Israel e o grupo militante Hezbollah, apoiado pelo Irão, tendo os EUA afirmado na terça-feira, 15/10, que se opunham ao âmbito dos ataques aéreos de Israel em Beirute nas últimas semanas.
“Na sequência da recente retracção dos preços, podemos esperar alguma margem para a estabilização dos preços a curto prazo, com os participantes no mercado a reavaliarem os novos desenvolvimentos na frente geopolítica”, disse Yeap Jun Rong, estratega de mercado do IG, ouvido pela agência Reuters.
“Também se aguarda mais clareza sobre a política fiscal da China, e a falta de detalhes específicos parece lançar algumas incertezas sobre o eventual impacto nas perspectivas da demanda de petróleo”, disse Yeap.
A China poderá angariar mais 6 biliões de yuans (US$ 850 mil milhões) de obrigações especiais do tesouro ao longo de três anos para estimular uma economia em declínio, informaram os meios de comunicação locais, embora isso não tenha conseguido reavivar o sentimento no mercado bolsista do país.
Do lado da procura de petróleo, tanto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo como a Agência Internacional de Energia cortaram esta semana as suas previsões para o crescimento da procura global de petróleo em 2024, sendo a China responsável pela maior parte das reduções.
Por agora, o mercado estará atento aos últimos dados dos inventários de petróleo dos EUA, com o relatório semanal do American Petroleum Institute a ser publicado nesta quarta-feira, 16/10, e os dados da Energy Information Administration na quinta-feira, 17/10. Os relatórios serão publicados um dia mais tarde do que o normal, na sequência de um feriado federal.
Analistas consultados pela Reuters esperavam que os stocks de petróleo bruto aumentassem em cerca de 1,8 milhões de barris na semana até 11 de Outubro.
Fonte: Reuters
Fonte: O Económico
