País vai manusear 83 milhões de toneladas de carga até ao fim do ano

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O país poderá aumentar o manuseio de cargas de 48 milhões de toneladas registadas em 2019 para 83 milhões até ao final deste ano. A informação foi avançada, esta segunda-feira, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, durante a inauguração da ampliação e duplicação da linha de Ressano Garcia.Ao longo dos últimos cinco anos, a empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), investiu mais de 600 milhões de Meticais em infra-estruturas, recursos humanos e equipamento técnico, entre outros serviços.Segundo o Presidente da República, Filipe Nyusi, os investimentos que resultaram hoje na ampliação e duplicação da linha de Ressano Garcia constituem a concretização do plano quinquenal do Governo.“Como temos vindo a sublinhar, a nossa meta, através da empresa pública Portos e Caminhos de Ferro consiste no aumento da carga manuseada nas nossas infra-estruturas de transporte e estive atento quando disseram que, dos 48 milhões de toneladas registadas em 2019, no início deste quinquénio, vai puxar para 83 milhões de toneladas até ao final deste ano.”Nyusi elogiou a empresa CFM pelos conseguimentos ao nível das infra-estruturas ferroportuárias, mas disse que o dinheiro investido deve ser revertido em lucros. “O que nos orgulha é o facto de termos financiado com fundos próprios. Nós investimos acima, mas o nosso orgulho será maior quando conseguirmos recuperar o que investimos.”Para o Presidente, o “projecto da linha do Ressano Garcia irá responder à demanda a que o sistema ferroportuário moçambicano tem sido sujeito nos últimos anos pelos países vizinhos, sobretudo da África do Sul”.O chefe de Estado considerou que uma das vantagens a considerar, mesmo que “mínima” será o alívio do tráfego na Estrada Nacional Número (EN4), causado pelo transporte de minérios pela via terrestre.“É expectável que o aumento da capacidade venha a reduzir o congestionamento da estrada Nacional Número Quatro, particularmente do transporte de minérios da África do Sul para o seu escoamento por via do Porto do Maputo. A linha do Ressano ganha ainda importância uma ligação com a África do Sul, um país que ocupa um lugar de relevo no comércio externo de Moçambique, o qual se posiciona em terceiro lugar nos destinos das nossas exportações e em primeiro lugar como origem das nossas importações.”Além da ampliação e duplicação da linha de Ressano Garcia, foi igualmente inaugurado o novo Terminal Ferroviário da Cidade  na Estação Central de Maputo, uma infra-estrutura que passa a receber o triplo de passageiros por dia.“Saudamos a decisão de ampliação do terminal de passageiros, pelo facto de permitir aumento da capacidade de 25 mil passageiros para 75 mil passageiros por dia, triplicando, assim, a capacidade actual.”Em acréscimo, o novo terminal intermodal oferece serviços de apoio, migração, polícia, alfândegas, lojas de conveniência e silos de estacionamento de viaturas.O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, acrescentou que as duas infra-estruturas inauguradas correspondem à “materialização da visão do  desenvolvimento integrado do corredor de Maputo para atender aos novos desafios do país e da região”.Nyusi usou da ocasião para falar da pretensão que  o país tem em potenciar as infra-estruturas de transporte com outros países.“O nosso programa quinquenal prioriza a construção de infra-estruturas, a conclusão das obras de modernização do Porto de Nacala, que colocou o porto no mapa Universal, a ampliação em tecnologia do Porto de Maputo, que também já é uma referência, a expansão da capacidade de carruagem do Porto da Beira, a reabilitação e ligação da linha de Machipanda que liga Zimbabwe a Moçambique e ainda estamos a trabalhar para ligarmo-nos ao Botswana, e a ligação da linha Dona Ana com o Malawi.”Revelando que “a Balança Comercial 2018-2023 apresenta valores acumulados de exportações de 5,4 mil milhões de dólares norte-americanos e de importações que se cifram em 12 mil milhões, temos um défice de 6,6 mil milhões no comércio bilateral de bens”, lançou para os economistas o desafio de reverter a situação.“É aí onde os economistas devem discutir este problema e procurar soluções, porque são matérias de relevo e temos de procurar inverter este cenário.”Os dois projectos custaram à empresa Caminhos de Ferro de Moçambique 98 milhões de dólares norte-americanos.

Fonte:O País

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