O país passa a bombar mais combustíveis para o Zimbabwe, através de uma nova plataforma instalada no Porto da Beira e que foi inaugurada, esta quinta-feira, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi. Através da plataforma, que tem uma extensão de aproximadamente 300 quilómetros, serão bombeados, agora, três milhões de metros cúbicos por ano, contra dois milhões anteriores.O aumento da capacidade de bombagem de combustíveis é o resultado da modernização das infra-estruturas técnicas da Companhia Pipiline Moçambique –Zimbabwe (CPMZ), no Porto da Beira, em Manica, e no Zimbabwe, com a construção de duas novas plataformas de bombagem no Porto da Beira e em Maforga, e ainda a substituição das antigas bombas por novas com maior capacidade. A cerimónia de Aumento da Capacidade da Plataforma de Bombagem da CPMZ foi orientada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.“Este empreendimento apresenta-se como uma alternativa mais económica e operacionalmente eficiente ao transporte rodoviário de combustível a partir do Porto da Beira, permitindo reduzir mais de 1.100 quilómetros de viagem, ao mesmo tempo que aponta as seguintes vantagens: (1)A melhoria da competitividade do Porto da Beira, sendo de destacar o descongestionamento do mesmo e do corredor rodoviário Beira-Machipanda; (2) A melhoria dos níveis de segurança, reduzindo acidentes com índices de mortalidade alarmantes; e (3) A contribuição para o Orçamento do Estado, por via de dividendo e receitas fiscais e bem assim o contributo externo como exportador de serviços”.Esta nova capacidade não só permite continuar abastecer, de forma segura, a República do Zimbabwe, como cria também a oportunidade para facilitar o acesso dos países do Hinterland, satisfazendo, assim, os acordos da SADC nesta matéria, com destaque para a Zâmbia, Congo e Malawi.O projecto está avaliado em pouco mais de 40 milhões de dólares, financiado por fundos próprios com apoio da banca nacional.“A nossa ambição é de servir outras geografias. Não se trata de monopolizar, mas, se nós temos capacidades para poder servir, acho que este é o melhor caminho em vez das pessoas estarem a viver sofrendo, enquanto temos soluções na região. E devemos sonhar mais, muito mais, porque esta experiência da CPMZ nos convida a indagar se este modelo não pode ser implementado em outras regiões da nossa costa, uma visão que incorpore outros recursos de sectores extractivos, incluindo o fornecimento no interior do nosso país”, sugeriu Nyusi.A CPMZ projecta construir, nos próximos cinco anos, duas estações satélites extras, uma em Nhamatanda, província de Sofala, e outra em Messica, em Manica, com objectivo de aumentar a capacidade para 5.000.000m3 por ano.
Fonte:O País