Nova liderança na LAM avança com plano estratégico para aplicar até 2030

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O novo Director-geral da LAM, a transportadora aérea moçambicana, Theunis Crous, afirmou à Lusa que vai avançar com um plano estratégico até 2030 para a empresa e que é intenção expandir as rotas.

Theunis Crous, que é também Director-Geral da sul-africana Fly Modern Ark (FMA), nomeada pelo Governo moçambicano em Abril do ano passado para fazer a recuperação da LAM, assumiu o cargo esta semana e garantiu que entre os objectivos está continuar com a “revisão dos activos” e a “reestruturação financeira” da companhia.

“Vamos rever as parcerias estratégicas, com a Boeing, Bombardier, Embraer e De Havilland” explicou Crous, acrescentando que o mesmo será feito em relação a empresas de aluguer de aeronaves que trabalham com a Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).

Por outro lado, o novo Director-Geral garante que será “implementada a visão do Governo” para o futuro da companhia.

“Vamos trabalhar na criação do Plano Estratégico 2025-2030, fazer a renovação e padronização da frota e consolidar as novas rotas, Maputo – Lisboa e Maputo – Cidade do Cabo”, apontou ainda.

A “expansão das rotas domésticas, regionais e intercontinentais”, também está entre os objectivos.

O Conselho de Administração da LAM anunciou, na quarta-feira, a cessação de funções do Director-Geral da companhia, João Carlos Pó Jorge, no âmbito das medidas de reestruturação da empresa. No mesmo dia foi substituído por Theunis Crous, que assume a função interinamente até 30 de Abril, período previsto para a decisão de renovação do contracto com a FMA, na qual o novo Director-Geral da LAM é sócio e seu Director-Geral.

Questionado pela Lusa se esta nomeação é o sinal de confiança do executivo no trabalho da FMA na revitalização da LAM, Theunis Crous disse que “quem deve responder a essa questão é o Governo”. Ainda assim, acrescentou: “Mas sinto-me honrado pela confiança”.

O Ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique defendeu na quinta-feira a renovação do contracto com a FMA.

“O que nós fizemos no início foi trazer pessoas que podiam nos ajudar como consultores, como conselheiros das decisões prudentes que se devem tomar sobre a gestão, operação das linhas aéreas, e esse é o Fly Modern Ark. A não ser que me dêem razões para eles não continuarem, enquanto não me derem razões para eles não continuarem, eles continuam”, declarou Mateus Magala à comunicação social, à margem de um evento público em Maputo.

A Fly Modern Ark foi contratada em Abril de 2023 para implementar um plano de restruturação e recuperação da LAM, no prazo previsto de um ano, não se sabendo se o acordo será ou não renovado.

O governante não esclareceu, referindo que o plano do sector prevê que a situação da LAM fique estabilizada em entre um e três anos, a avaliar pela dinâmica do processo.

“É nesse período que nós pensamos que podemos estabilizar. Oxalá chegue mais cedo porque é o que nós queremos para tomarmos uma opção definitiva”, acrescentou Mateus Magala.

A cessação de funções de João Carlos Pó Jorge, Director-Geral desde 2018, ocorreu após o director de reestruturação da LAM, Sérgio Matos, denunciar, em Fevereiro, um esquema de desvio de dinheiro, com prejuízos de cerca de três milhões de euros, em lojas de venda de bilhetes, através de máquinas dos terminais de pagamento automático (TPA/POS) que não são da companhia.

Segundo o ministro dos Transportes moçambicano, a exoneração do Director-Geral da LAM foi um procedimento “normal” e ocorreu pela necessidade de “ajustar a máquina” da empresa e trabalhar com pessoas que possam engrenar nos parâmetros exigidos na companhia de bandeira.

O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) instaurou um processo para investigar alegados esquemas de corrupção na venda de bilhetes da transportadora aérea moçambicana e sobre a gestão da frota da companhia, avançou à Lusa fonte ligada às investigações.

Fonte: O Económico

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