Moçambique precisa de um plano de crescimento diversificado induzir a produção nacional – Adriano Maleiane

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Adriano Maleiane, defende a concepção de um plano de crescimento diversificado para equilibrar e orientar a produção nacional que não seja unicamente dependente da indústria extractiva emergente no País.

Intervindo no acto de lançamento, em Maputo, do livro “Indústria Extractiva em África – Bênção ou Maldição”, do político e académico, António Niquice, o Primeiro-Ministro, disse ser necessário “trabalhar para tornar os recursos descobertos uma bênção”, o que implica encontrar estratégias e um plano de desenvolvimento de pelo menos vinte anos, que oriente o caminho adequado de utilização racional dos recursos.

O governante sustentou que o País caminha na direcção certa para se tornar mais competitivo no mercado nacional, regional e internacional, assim como para incrementar as exportações e, por conseguinte, criar mais oportunidades para geração de emprego e renda para as famílias moçambicanas.

Reiterou ainda que há também uma necessidade urgente, por exemplo, de financiar a agricultura na abordagem de um segmento que impulsione o conteúdo local, devido à falta de instituições e condições tecnicamente preparadas para financiar este sector.

Maleine considera que o País dispõe do recurso terra em abundância, mas que precisa ser devidamente aproveitado pelos moçambicanos.

“Por isso, dissemos que a agricultura é a base. Já era, mas desta forma tem de ser, numa perspectiva de ter uma abordagem de cadeia de valor exactamente para a industrialização, conteúdo local, tudo isso muito bem organizado”, disse citado pelo “Notícias”.

Maleiane disse ser crucial que os níveis de desenvolvimento do País estejam de acordo com os anseios da população.

Apontou a criação do Fundo Soberano como parte do plano de crescimento a longo prazo, a fim de dar a outras gerações a possibilidade de beneficiarem dos recursos existentes no País.

O Fundo Soberano, quando foi criado, pretendia, segundo o Governo, minimizar os impactos macro-económicos indesejáveis decorrentes de uma entrada excessiva de receitas na economia, ajudando também a disciplinar o uso das receitas e a criar condições para a sua gestão sustentável.

Maleiane que falava em representação do Chefe do Estado, apelou para a necessidade de haver cautela na exploração de recursos para que o país não seja amaldiçoado. Aliás, a maldição na sua visão é, particularmente em África, onde encontra pelo menos duas razões para que assim seja.

O governante disse ser necessária cautela ao mesmo tempo que se devem seguir as melhores opções para a aplicação das receitas geradas pela exploração dos recursos, para que estes não se tornem uma maldição, como alguns exemplos no mundo.

Moçambique considera que a ajuda ao desenvolvimento e ao comércio deve servir de mecanismo para aumentar o envolvimento do sector empresarial dos Países Menos Desenvolvidos, na cadeia de valor global, com o objectivo de reduzir a pobreza, diversificar as economias e criar emprego.

O governante disse ser necessária cautela ao mesmo tempo que se devem seguir as melhores opções para a aplicação das receitas geradas pela exploração dos recursos, para que estes não se tornem uma maldição, como alguns exemplos no mundo.

Fonte: O Económico

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