Ministro das Finanças sul-africano afirma ‘política estável está a impulsionar o rand’

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A rápida formação de um novo governo de coligação na África do Sul, após as eleições de Maio, reforçou a confiança dos investidores e alimentou a recuperação da moeda nacional e do mercado de acções, afirmou o Ministro das Finanças, Enoch Godongwana.

“Os mercados estavam à procura de estabilidade e a formação do governo de unidade nacional num período muito curto deu essa estabilidade”, disse Godongwana numa entrevista à margem da reunião geral anual do Novo Banco de Desenvolvimento, na Cidade do Cabo. “Isto significa que o rand e as acções sul-africanas beneficiaram desta estabilidade política criada num período muito curto”.

Na votação de 29 de Maio, o Congresso Nacional Africano perdeu a sua maioria parlamentar pela primeira vez desde que assumiu o poder nas primeiras eleições multirraciais do país, em 1994. O Congresso Nacional Africano fez uma aliança com nove outros partidos, na sua maioria favoráveis às empresas, para manter o poder no prazo de um mês, e concordaram que o crescimento da economia seria a principal prioridade da nova administração.

O rand valorizou-se 3,7% em relação ao dólar desde que o Presidente Cyril Ramaphosa anunciou o seu novo governo em 29 de Junho, a maior valorização de todas as moedas africanas, enquanto o índice FTSE/JSE All Share Index valorizou-se 6,6% no mesmo período.

Os funcionários presentes na reunião do NDB, que foi criado em 2015 pelo grupo BRICS de países em desenvolvimento, não tomaram qualquer decisão sobre a introdução de uma moeda digital comum, apesar dos apelos de dentro do bloco para o fazer, de acordo com Godongwana.

“Os russos estão muito interessados nas moedas digitais, mas reconheceram que é necessário haver uma transição. Todos os bancos centrais do mundo estão a discutir as moedas digitais e a forma de as regular”, disse aos jornalistas. “Estão a decorrer discussões sobre um sistema de pagamento comum. É uma questão complexa. ”

O termo “BRIC” foi cunhado em 2001 pelo economista Jim O’Neill, então no Goldman Sachs Group Inc., para chamar a atenção para as fortes taxas de crescimento económico no Brasil, Rússia, Índia e China. Os líderes das quatro nações reuniram-se pela primeira vez como um colectivo em 2009 e a África do Sul foi convidada a juntar-se às suas fileiras no ano seguinte.

A 1 de Janeiro, a adesão foi alargada ao Irão, aos Emirados Árabes Unidos, à Etiópia e ao Egipto. A Arábia Saudita também foi anunciada como um novo membro, embora o reino tenha dito mais tarde que ainda estava a estudar o convite para aderir.

Fonte: O Económico

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