Incipiência digital de Moçambique é uma oportunidade para investimento tecnológico – Raxio

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Os data centers desempenham um papel crucial na infraestrutura digital moderna. A sua importância advém de uma série de aspectos ou benefícios, dentre eles, o armazenamento e gestão de dados, serviços de cloud computing e a redução de custos, na medida em que as empresas podem reduzir custos operacionais utilizando data centers terceirizados ou serviços de nuvem, evitando o investimento em infraestrutura própria e aproveitando economias de escala.

A importância desta actividade moderna está ainda no facto de ser fundamental para o funcionamento e crescimento do ecossistema digital actual, suportando desde operações básicas de TI até avançadas inovações tecnológicas.

O investimento e os negócios de implantação de data centers são determinados por uma variedade de fatores estratégicos, económicos, técnicos e regulamentares, mas sobretudo pelo crescimento da demanda por serviços digitais, o crescimento da internet e serviços online e a computação em nuvem

Esses fatores, combinados, determinam onde, como e quanto se investe na implantação de data centers. Empresas investidoras buscam equilibrar considerações técnicas, económicas e estratégicas para maximizar o valor de seus investimentos em infraestrutura de data centers.

Foi nesta lógica que a Raxio decidiu avançar com um investimento de US$ 20 milhões de dólares em Data Center de última geração e que já está em pleno funcionamento no Parque Industrial de Beluluane, na Província de Maputo.

É o primeiro ‘data centre’ independente do País, de última geração, Tier III devidamente certificado pelo Uptime Institute e neutro de termos de operadores de conectividade e cloud. 

“Servirá como uma plataforma sólida para a agenda de transformação digital do Governo de Moçambique, acelerando o tempo de colocação no mercado de soluções digitais do Governo, reduzindo CAPEX e OPEX de entidades públicas, fornecendo energia altamente confiável, refrigeração, espaço e segurança incomparável para infra-estruturas de TI que estão sendo colocadas ou alugadas espaços em Raxio”, disse em entrevista ao “Semanário Económico”, Emidio Amadebai, Director-Geral da Raxio Moçambique. 

“Estrategicamente posicionado para permitir a combinação perfeita de continuidade de negócios e recuperação de desastres para empresas e governo, estando a mais de 20 km de distância do centro de Maputo, onde está a maior parte da infra-estrutura de TI” . Explicou.

-Acrescentou que a Raxio Data Center “servirá como um hub para conectividade e nuvens locais, com IXP local e mais de 8 provedores de conectividade assinados, bem como 3 players de nuvem interessados em atender as empresas locais e o sector público a partir das instalações da Raxio. Isto, por sua vez, servirá bem o Banco Central e outras regulamentações em torno da localização e da soberania dos dados”.

Sobre as razões especificas que levaram a Raxio a avançar com o investimento dessa magnitude em Moçambique, Amadebai disse que o País é um dos seleccionados de numa que foram analisados, tendo pesado um conjunto de factores, alguns dos quais são a crescente população moçambicana, a questão do aumento e a massificação do uso das TICs .

“O número de utilizadores de internet e tudo isso leva a crer que grandes operadores como, Facebooks, Googles, Youtubes e todos esses operadores começam a ganhar interesse pelo mercado e vão querer trazer para cá aquilo que são os seus equipamentos e suas infra-estruturas”. Disse.

Amadebai afirma que a Raxio pensa na expansão em Moçambique, e está a acompanhar de muito perto as demandas que o mercado apresentar. 

“O plano inicial da Raxio envolvia criar esta infra-estrutura, quer dizer, a maior infra-estrutura na zona sul, que é uma zona que nos permite receber os cabos submarinos, que falámos antes. Também permite-nos fazer aqui alguma triangulação e redundância com os países vizinhos, como a África do Sul.

Mas também olhamos para o mercado, vamos lá, na zona norte do país, a questão do investimento do LNG vai criar lá muitos empresários, vai criar lá muitas… A banca vai estar lá, estarão todos lá e não existe infra-estrutura. Se não existia neste calibre cá em Maputo, obviamente no Norte também não temos. Explicou.

Fonte: O Económico

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