Fórum de Negócios Moçambique-Itália: Defendido maior investimento na produção e exportação da energia

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O governo moçambicano defende maior investimento na exploração, uso interno e exportação da energia produzida no País.

Segundo o Secretário Permanente do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIRENE), António Manda, o debate sobre investimento é extremamente importante devido ao elevado potencial de recursos naturais energéticos, renováveis e fósseis que Moçambique dispõe.

“Os recursos renováveis são avaliados na ordem de três mil (3000) megawatt, dos quais 19 é potencial Hídrico”, disse Manda, intervindo hoje, em Maputo, num fórum de negócios nas áreas de energia, infraestruturas, logística, construção e transformação agrícola.

O evento junta o Governo, Câmara de Comércio Moçambique-Itália, Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Banco Comercial e de Investimentos (BCI), entre outros participantes.

As reservas de gás provadas no país situam-se acima de 150 “TSRS” e podem desencadear projectos de geração de energia que respondam os desafios da transição energética.

António Manda disse que às projecções mundiais do crescimento populacional, até ao ano 2100, apontam para 10 biliões de pessoas, cinco vezes o crescimento da população em 60 anos.

Aliado às necessidades da população, desigualdades, crescimento económico inclusivo, garantia da sustentabilidade e segurança energética, em 2023, o país aprovou a estratégia de transição energética.

A estratégia energética compreende quatro (04) pilares, nomeadamente, sistema energético baseado em energias renováveis, industrialização verde, acesso universal de energia e transporte.

Nestes quatro pilares estão integrados 14 projectos, dos quais encontram-se oportunidades para investimentos em projectos de geração, transmissão, fornecimento de energia a partir de fontes solares, eólicas, hidroeléctricas, biomassa e biogás.

O Governo entende que apesar da mudança de fontes energéticas, às fontes fósseis continuam a jogar papel na economia.

“Por exemplo, o gás continua a ser a melhor escolha para geração de energia e para o caso de metas da agência das mudanças climáticas”, disse.

Por sua vez, o Presidente da Câmara de Comércio Moçambique-Itália, Simone Santi, fez saber que, face ao evento, encontra-se em Moçambique uma delegação composta por 20 empresários de destaque na Itália.

Disse tratar-se de empresas que, em 2023, produziram 91.889 milhões de dólares norte-americanos, o que representa cinco a seis vezes o valor do PIB de Moçambique.

“Agendamos 200 encontros bilaterais com empresas moçambicanas para trabalharem com italianas”, assegurou.

“A produção de gás da Empresa moçambicana de Hidrocarbonetos (ENH) significa mais ou menos 100 a 120 milhões de dólares norte-americanos que entram no país”, disse Santi.

Por seu turno, o embaixador da Itália em Moçambique, Gianni Bardini, revelou que o Fórum compreende um marco importante nas relações económicas entre Moçambique e Itália.

“É um processo que começou a vários anos com seminários, visitas organizadas na Itália, e tivemos um fórum ano passado que contou com a presença da CTA”, disse Bardini.

O Fórum de Negócios Moçambique-Itália conta, para além da CTA, a APIEX, com a participação das empresas TotalEnergies, ENH, SASOL, entre outras.

Fonte: O Económico

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