ENI e parceiros decidem em meados de 2024 novo investimento para área 4 do Rovuma

0
56

A multinacional italiana Eni espera chegar a uma decisão final de investimento para o seu segundo projecto flutuante de gás natural liquefeito (GNL), na área quatro da Bacia do Rovuma, até ao final de Junho do próximo ano. A garantia foi dada por fontes directamente envolvidas no projecto.

Uma fonte da empresa multinacional do ramo energético, citada pelo Reuters, garante que há avanços, em 90%, e pretende-se tomar a decisão final de investimento durante o primeiro semestre de 2024. O navio flutuante de extracção e processamento de gás natural liquefeito começará a produzir e exportar dentro de quatro anos.

O primeiro projecto da Eni, Coral-Sul FLNG, tornou Moçambique num produtor e exportador global de GNL desde Novembro do ano passado e o novo projecto poderá duplicar a produção actual de 3,5 milhões de toneladas. Estima-se que o campo de gás localizado na bacia offshore do Rovuma, em Moçambique, denominado campo Coral, contenha 500 mil milhões de metros cúbicos de gás natural.

Com o arranque do Coral-Norte, a produção de gás da Eni em África poderá aumentar, abrindo portas para a multinacional exportar mais para a Europa, ajudando a diversificar o abastecimento de gás na Europa nos próximos anos.

A Reuters, citando fonte da empresa, escreve ainda que um quadro sénior da Eni e o Primeiro-Ministro italiano, Giorgia Meloni, viajam no final desta semana para Moçambique e para a República do Congo para fortalecer os laços entre a Itália e os países onde a Eni está a desenvolver empreendimentos de GNL.

Contudo, não se espera que assinem qualquer novo negócio no sector energético.

Os parceiros da joint venture podem levar algum tempo para chegar a um acordo sobre o investimento, mas a maior parte está pronta para começar, segundo avançou a fonte.

“Se há um item em que a joint venture está totalmente alinhada é no levantamento de capital”, disse, para, em seguida, esclarecer que “isso significa que os parceiros ficariam com uma parte da produção proporcional às suas participações accionárias”.

A decisão final de investimento é um ponto crucial para um grande compromisso de investimento e é visto como o avanço final.

A Eni é a operadora da Coral-Sul, da qual mais de dois terços são propriedade conjunta da Eni, da Exxon Mobil e da chinesa CNPC. A empresa energética portuguesa Galp, a Korean Gas Corp, e a petrolífera estatal moçambicana ENH são os parceiros minoritários com 10% cada.

Legenda: Primeira plataforma de gás natural liquefeito na área 4, da Bacia do Rovuma – Coral-Sul FLNG

Fonte:O País

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu nome aqui
Por favor digite seu comentário!