O Coral Sul FLNG, operado pela Eni nas águas ultraprofundas da Bacia do Rovuma, em Moçambique, atingiu recentemente um marco significativo ao produzir 5 milhões de toneladas de gás natural liquefeito (GNL) desde o início de suas operações em Outubro de 2022. Este é um feito notável para a primeira instalação flutuante de GNL na África, que já exportou 70 cargas de GNL e 10 de condensado. Construída pelo consórcio TJS (Technip Energies, JGC, e Samsung Heavy), a unidade Coral Sul representa um avanço técnico e operacional para a Eni e seus parceiros, incluindo ExxonMobil, CNPC, GALP, Kogas e ENH.
“Este é um marco significativo para o projecto e representa não apenas uma grande conquista técnica e operacional, mas também é uma prova da dedicação, comprometimento e colaboração de toda a equipe e partes interessadas”, disse fonte da EnI.
Além do sucesso do Coral Sul, a Eni e seus parceiros estão a avançar com o desenvolvimento do “Projeto Coral Norte FLNG”, que será uma réplica do Coral Sul. Este novo projecto, localizado na mesma Área 4 da Bacia do Rovuma, está projectado para duplicar a capacidade de produção de GNL, adicionando mais 3,4 milhões de toneladas por ano (mtpa). O Coral Norte está programado para iniciar a produção na segunda metade de 2027, com as operações de perfuração e testes de poços previstas para começar no terceiro trimestre de 2024.
O investimento no Coral Norte está estimado em 7 mil milhões de dólares, reflectindo o compromisso contínuo dos parceiros em explorar os recursos naturais de Moçambique e fortalecer a posição do país como um exportador líder de GNL na África.
A fase de consulta pública para o Coral Norte já começou, permitindo que as comunidades locais e outras partes interessadas contribuam com sugestões e preocupações sobre o projeto, especialmente em termos de seu impacto ambiental
O sucesso do Coral Sul e o desenvolvimento do Coral Norte não só colocam Moçambique numa posição central no mercado global de GNL, mas também demonstram a capacidade técnica e a colaboração eficaz entre as empresas envolvidas. Esses projectos são fundamentais para o futuro energético de Moçambique, abrindo novas oportunidades económicas e consolidando o País como um hub estratégico para a produção de GNL em África.
Fonte: O Económico
