China disponibiliza US$ 50 mil milhões para África: Moçambique entre os principais beneficiários

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O governo chinês anunciou a disponibilização de 50 mil milhões de dólares para financiar projectos e programas em África ao longo dos próximos três anos, incluindo Moçambique como um dos principais beneficiários. Este apoio financeiro, dividido em créditos concessionais, donativos e incentivos para o sector privado, foi anunciado no decurso da visita do Presidente Filipe Nyusi à China.

De acordo com o Presidente Nyusi, Moçambique tem à disposição 28 milhões de dólares destinados a créditos concessionais, além de 2,8 milhões em donativos. O sector da Defesa e Segurança será um dos principais beneficiados, recebendo um valor significativo deste montante. “A China é um parceiro sempre presente, participou no apoio aos deslocados provocados pelas mudanças climáticas, bem como aos deslocados devido ao terrorismo”, afirmou o Chefe de Estado moçambicano, sublinhando a importância desta cooperação.

Além do financiamento, Moçambique foi convidado a participar na Expo Shanghai, que terá lugar no próximo mês, o que, segundo Nyusi, representa “mais uma oportunidade para o país se mostrar e tirar dividendos”. A visita à China, que já superou as expectativas de acordo com o Presidente, resultou ainda na promessa de doação de alimentos pela China, a serem entregues a Moçambique nos próximos dias.

 

Divisão do montante para África

Para o continente africano como um todo, a China destinou 29 mil milhões de dólares em créditos concessionais, 11 mil milhões em donativos e 10 mil milhões para apoio ao sector privado, principalmente em áreas como agricultura, digitalização e inovação tecnológica.

O Presidente chinês, Xi Jinping, reiterou que o foco da cooperação com África será promover a modernização com base em paz e segurança. A China compromete-se também a ajudar o continente africano a melhorar a sua capacidade de salvaguardar a paz e estabilidade, tanto a nível regional quanto global.

Xi Jinping destacou que os próximos três anos serão dedicados à implementação de medidas que irão aprofundar a cooperação bilateral e apoiar a modernização do Sul Global. O co-presidente do Fórum de Cooperação China-África (FOCAX), o chefe de Estado senegalês Bassirou Faye, defendeu que os fundos destinados à África devem ser investidos no sector agrícola para garantir a auto-suficiência alimentar, no apoio às empresas privadas e na promoção da digitalização e inovação, com especial foco em “start-ups”.

Para Moçambique, este pacote de financiamento representa uma oportunidade significativa para impulsionar sectores estratégicos como a Defesa, a Segurança, a Agricultura e o desenvolvimento tecnológico. O apoio chinês é visto como um passo importante na resolução de problemas internos, como o combate ao terrorismo em Cabo Delgado e a gestão das mudanças climáticas, que têm provocado deslocações de pessoas e instabilidade.

A participação de Moçambique na Expo Shanghai pode abrir portas para novos investimentos e parcerias internacionais, fortalecendo a presença do país no cenário global. Além disso, o foco no sector privado pode ajudar a alavancar a inovação tecnológica e a criação de empregos, áreas críticas para o desenvolvimento económico sustentável.

Fonte: O Económico

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