Monday, September 16, 2024
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Noémia de Sousa

Noémia de Sousa

Nome completo Carolina Noémia Abranches de Sousa Soares
Nascimento 20 de Setembro de 1926, Maputo, Moçambique
Morte 4 de Dezembro de 2002 (76 anos), Cascais, Portugal
Nacionalidade  Moçambicana
Ocupação Poetisa, tradutora, jornalista e militante política
Magnum opus Msaho (1952)

 

Carolina Noémia Abranches de Sousa Soares (Catembe, 20 de Setembro de 1926 – Cascais, 4 de Dezembro de 2002) foi uma poeta, tradutora, jornalista e militante política moçambicana. É considerada a “mãe dos poetas moçambicanos”.

Biografia

Filha de Clara Brüheim Abranches de Sousa, de uma família de comerciantes com origens germânicas, moçambicanas e goesas, e de António Paulo Abranches de Gama e Sousa, de ascendência goesa, portuguesa e africana, que era alto funcionário do Governo colonial, empregado no Banco Ultramarino. Quando Noémia de Sousa tinha 6 anos, a família mudou-se para Maputo. Depois da morte do pai em 1932, Noémia de Sousa começou a estudar no curso pós-laboral de comércio na Escola Técnica e publicou os primeiros poemas no jornal da escola.

Noémia de Sousa estudou no Brasil e começou a publicar no jornal O Brado Africano.

Na década de 1940 viveu numa casa de madeira e zinco no bairro da Mafalala, em Maputo. Ali escreveu poemas que se tornariam símbolos nacionalistas africanos como “Deixa passar o meu povo”. Só saiu do bairro por motivos políticos, em 1949.

Entre 1951 e 1964 viveu em Lisboa, onde trabalhou como tradutora, mas, em consequência da sua posição política de oposição ao Estado Novo teve de exilar-se em Paris, onde trabalhou no consulado de Marrocos. Começa nesta altura a adoptar o pseudónimo de Vera Micaia.

A sua obra está dispersa por muitos jornais e revistas. Colaborou em publicações como Mensagem (CEI), Mensagem (Luanda), ItinerárioNotícias do Bloqueio (Porto, 1959), O Brado AfricanoMoçambique 58Vértice (Coimbra), Sul (Brasil).

Poeta, jornalista de agências de notícias internacionais, viajou por toda a África durante as lutas pela independência de vários países.

Em 1975 regressou a Lisboa, onde trabalhou na Agência Noticiosa Portuguesa.

Em 2001, a Associação dos Escritores Moçambicanos publicou o livro Sangue Negro, que reúne a poesia de Noémia de Sousa escrita entre 1949 e 1951.

A sua poesia está representada na antologia de poesia moçambicana Nunca mais é Sábado, organizada por Nelson Saúte

Obras

  • Sangue Negro, Maputo, Associação dos Escritores Moçambicanos, 2001.
  • Sangue Negro, Maputo, Marimbique, 2011.
  • Sangue Negro, São Paulo, Kapulana, 2016,

Ligações externas

  • «Poemas de Noémia de Sousa»
  • «A poesia de Noémia de Sousa»
  • «Noémia de Sousa: modulação de uma escrita em turbilhão»

Texto de Carla Maria Ferreira Sousa publicado na revista África e Africanidades

  • «A poética e a prosa de Alda Lara, Noémia de Sousa, Ana Paula Tavares, Vera Duarte e Paulina Chiziane»

Texto de Jurema José de Oliveira publicado na Revista Electrônica do Instituto de Humanidades da Universidade do Grande Rio

  • O discurso poético de Noémia de Sousa: resistência, poder e subalternidade

Texto de Jacqueline Britto Sant´anna publicado na Revista Kalíope (PUC-SP) 

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