“ Vamos todos encher o Franco ”. Ousado não é ? Este foi o título do primeiro concerto de Danilo Malele desde que o grupo Trio Fam se desfez, quem no universo hip - hop identifica - se como Kloro. Xigumandzene é também a nova sugestão discográfica do artista em forma de “ mixtape ” e, por que não, uma forma alternativa que Kloro encontrou para se reenquadrar no & # 8220 ; movimento & # 8221 ;. O pátio do Centro Cultural Franco - Moçambicano já tinha gente, entre risos e conversas soltas. O grande sonho do Kloro era de encher o Franco - Moçambicano na última sexta - feira, espaço que simbolicamente tem um grande valor para o rapper. Foi ali onde actuou há 20 anos, antes mesmo dos Trio Fam surgir, num concerto dos Rappers Unit – um dos grupos que inaugura a trajectória do hip - hop moçambicano – onde fazia parte o seu irmão Hélder Leonel. A sua arma de massificação foi bem eficiente, por isso o Franco … encheu. Não há dúvida que Kloro seja civilizado, os seus 20 anos de carreira ensinaram - lhe o suficiente. A banda, composta por Mauro no teclado, Texito Langa na Bateria, Michael na guitarra, Mitó no baixo, fez uma aventura sonora sem igual. Mas Kloro fez questão de acautelar quaisquer erros, dizendo que se trata de espectáculo para família e que as falhas claramente existiriam. Não foi apenas uma noite de actuação, antes da música, Kloro tratou de encorajar os presentes a seguirem os seus sonhos independentemente do julgamento de outrem. “ Imaginação ”, “ Claramente Puto ”, “ Killa ”, “ Par Ideal ”, “ Corpo da Cidade ” e “ Não Posso Esperar ” foram outras músicas que entraram no pacote e com elas novos rostos da música, membros da Indústria do Bom Som ( IBS ). Trio Fam : a família O humorista Rico fez toda a diferença nos intervalos do concerto. Quem se sentiu cansado pela agitação da música renovou - se com a boa disposição trazida por um dos percursores do “ stand up comedy ” em Moçambique. O Franco encheu e o hip - hop agradece.