Na banca, a crise financeira agravou a saúde de dois bancos, Nosso Banco e Moza Banco, obrigando à intervenção do regulador, o Banco de Moçambique ( BM ), apesar de o cenário de agravamento não estar totalmente afastado, o sector mostra - se suficientemente flexível, de acordo com a Economist Intelligence Unit citada pela agência macauhub. “ O banco central permanecerá amplamente independente ” e, apesar do “ risco de uma crise em todo o sector ”, a “ previsão é de que os grandes bancos serão capazes de resistir às pressões e que os bancos mais pequenos não representam uma ameaça sistémica ”, refere a EIU no seu mais recente relatório sobre Moçambique. Os fundamentos macro - económicos de Moçambique melhoraram desde a crise de liquidez de 2016 e o BM começou a flexibilizar a sua política monetária, mas, afirma a EIU, as “ pressões que assolaram o sector bancário estão longe de terminar ” devido ao crédito malparado e à exposição de alguns bancos ao sector público, nomeadamente, aos empréstimos “ escondidos. Particularmente, em relação à solução encontrada pelo Banco de Moçambique para o Banco Moza – a sua capitalização através do próprio fundo de pensões do regulador ( Kuhanha ), que veio diluir a participação dos dois principais accionistas, Novo Banco ( Portugal ) e Moçambique Capitais, para 10 por cento cada – a EIU considera uma solução justificável.