Taça da Liga: Benfica-Sp. Braga, 3-0 (destaques das águias)

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Pura classe de Ángel Di María a passear no relvado do Dr. Magalhães Pessoa, com o argentino a espalhar magia e a marcar dois golos de belo efeito que catapultaram o Benfica para uma exibição estratosférica, pelo menos, nos primeiros quarenta minutos desta meia-final. Mais uma vez, o argentino entrou a jogar pela direita, com total liberdade de movimentos, surgindo sobre a ala a combinar com Tomás Araújo, mas também com Pavlidis e Schjelderup em terrenos mais interiores. Abriu o marcador numa altura em que o Benfica já estava claramente por cima do jogo, com uma receção espetacular a passe de Pavlidis, para depois combinar com Tomás Araújo antes de atirar para o fundo das redes. Dez minutos depois, com o golo de Álvaro Carreras pelo meio, voltou a marcar, com classe, de primeira, com o pé esquerdo, a cruzamento de Pavlidis. Uma exibição em cheio do argentino que na segunda parte esteve muito perto de completar um hat-trick com mais duas oportunidades flagrantes.

O Benfica já estava claramente por cima do jogo quando, aos 27 minutos, Di María abriu o marcador. O argentino apareceu solto sobre a direita, depois de um passe de primeira de Pavlidis, mais rapidamente ficou rodeado de jogadores de amarelo. Libertou-se de dois de uma assentada, numa rápida combinação com Tomás Araújo, depois tirou mais um adversário da frente, antes de rematar com o pé esquerdo para o fundo das redes de Matheus. O Benfica estava definitivamente lançado para a final.

Álvaro Carreras

Di María marcou dois golos, mas o golo do lateral espanhol, entre os dois do argentino, foi talvez o mais comemorado pelos adeptos. Um remate inesperado, mas pleno de oportunidade, a surpreender Matheus que ficou pregado ao relvado. Um remate que levantou as bancadas que, depois das muitas hesitações no jogo da Luz, via a equipa marcar dois golos em dois minutos ao mesmo rival que tanto os tinha feito sofrer quatro dias antes. Mas o lateral espanhol foi muito mais do que golo que marcou esta noite e que deixou o Braga completamente desnorteado. Jogou sobre o corredor, bem colado à linha, sempre muito adiantado, de braços levantados, a pedir a bola. Deu largura ao ataque do Benfica, esteve sempre muito ativo nos movimentos ofensivos, em constantes combinações com Schjelderup e Pavlidis, mas sem nunca descurar a defesa, recuperando muitas vezes no corredor para ir agarrar Ricardo Horta.

Pavlidis

O internacional grego voltou a ficar em branco, mas foi, sem dúvida, um dos grandes destaques do Benfica esta noite, com natural destaque para a assistência para o segundo golo de Di María, depois de já ter tido uma ação decisiva no lance do primeiro. A verdade é que Pavlidis esteve sempre muito em jogo, tanto no corredor central, como nas alas, como é exemplo a arrancada sobre a esquerda que acabou com o segundo golo de Di María. Continuou em grande destaque na segunda parte e chegou mesmo a festejar um golo, a cruzamento de Schjelderup, mas este acabou por ser invalidado por fora de jogo.

Schjelderup

Bruno Lage tinha explicado, há poucos dias, os poucos minutos de competição de Andreas Schjelderup, considerando que o jovem avançado era uma «questão de futuro» e garantido que, tal como aconteceu, com Leandro Barreiro, a oportunidade acabaria por chegar. Ora, o futuro chegou esta quarta-feira com o norueguês a saltar para o onze inicial, pela primeira vez em quinze jogos, e a sair do relvado de baixo de uma tremenda ovação dos adeptos. O prodígio norueguês esteve em particular destaque no lado direito do ataque dos encarnados, procurando terrenos mais interiores, face às constantes subidas de Álvaro Carreras, mas encontrou sempre o seu espaço. Na retina fica aquele lance, já na segunda parte, em que levou tudo à frente pela direita, ultrapassou dois adversários e cruzou para Pavlidis marcar de cabeça. O golo acabou por ser anulado, uma vez que grego, quase dentro da baliza, estava adiantado, mas foi, sem dúvida, um lance que os adeptos não vão esquecer tão cedo.

Tomás Araújo

Foi outra das grandes surpresas que Bruno Lage reservou para esta noite, depois das dificuldades que Alexander Bah revelou para travar as transições de Bruma na Luz. O central adaptou-se muito bem às novas funções, subindo muitas vezes pelo corredor até à área contrária. Logo a abrir o jogo, deu nas vistas, na sequência de um pontapé de canto, com um cabeceamento à barra, mas logo a seguir está ligado ao primeiro golo do Benfica, numa rápida combinação com Di María. Além disso, a defender, esteve sempre impecável, de tal forma que Bruma raramente chegou à área de Trubin.

Aursnes

De volta à posição que gosta mais, Aursnes fez o trabalho invisível que permitiu ao Benfica prender o Sp. Braga junto à sua área e raramente permitiu aos minhotos sair a jogar de forma organizada, sendo quase sempre o primeiro jogador a pressionar o detentor da bola. Para fazer isto, de forma constante, o norueguês correu quilómetros esta noite. Não esteve nos lances dos golos, mas fez o trabalho mais duro da equipa de Bruno Lage.

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Fonte: Mais Futebol

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