O Prémio Oceanos de 2024 foi atribuído, a título póstumo, ao português Nuno Júdice, que faleceu em Março deste ano, e à brasileira Micheliny Verunschk. Alvaro Fausto Taruma foi um dos 10 finalistas No Observador, pode-se ler os livros “Uma colheita de silêncios”, de Nuno Júdice, e “Caminhando com os mortos”, de Micheliny Verunschk, venceram, esta quinta-feira, o Oceanos — Prémio de Literatura em Língua Portuguesa, que, organizado anualmente no Brasil, distingue obras escritas em língua portuguesa, publicadas em qualquer país do mundo.O ultimo livro de poemas publicado em vida, “Uma colheita de silêncios”, trata do mundo em volta, multiplicando referências históricas, de arte e literatura, para abordar esses “silêncios” vindos da passagem do tempo, e que são tudo ou quase tudo.“Na cerimónia, Manuel da Costa Pinto, curador do Oceanos para o Brasil, homenageou o autor português lembrando que ‘Nuno Júdice via a finitude com melancolia, mas, para o poeta, a poesia podia transcender esse limite, como deixou eternizado nesses versos’”, pode-se ler no Observador.O poeta, ficcionista, tradutor e dramaturgo, Nuno Júdice, deixou uma obra literária com perto de 80 títulos, que se estendem ao conto, ao romance e ao ensaio.Já a romancista brasileira, Micheliny Verunschk, presente no anúncio dos vencedores desta edição do Oceanos, afirmou que a distinção é individual, mas também “um prémio da língua portuguesa”.“Dessa língua que é tão bela, tão pungente, tão forte. E, num mundo em ruínas como o nosso, a gente ter a arte, a palavra, a literatura como guia é, talvez, penso, não sei, um farol para uma reconstrução ou de um novo mundo ou um apocalipse que nos seja educativo”, completou, segundo o Observador.O livro “Caminhando com os mortos” retrata um crime que choca os moradores de uma pequena cidade no interior do Brasil. Uma mulher é queimada viva, num ritual motivado por razões religiosas, a fim de purificar a vítima e endireitá-la para o “caminho do bem”.Nesta edição do Oceanos, o poeta Álvaro Fausto Taruma foi um dos finalistas, com o livro “Criação do fogo”.
Fonte:O País