Declarações de Bruno Lage, treinador do Benfica, na conferência de imprensa posterior ao triunfo sobre o Sp. Braga, por 3-0, nesta quarta-feira:
[Análise]
«Uma boa primeira parte e uma boa segunda parte. Temos novamente uma boa entrada no jogo. Conseguimos prolongar essa boa entrada e consequência disso são os três golos que fizemos. A ideia principal era nós entrarmos e o nosso adversário sentir que estava a jogar a segunda parte do [jogo no] Estádio da Luz. E esse é o mote para a final – o Sporting sentir está a jogar a segunda parte do [jogo no] Estádio de Alvalade.»
[Acha que conseguiu tirar bom partido da derrota contra o Sp. Braga?]
«Sabe que às vezes temos de dar o peito as balas e ter consciência de defender sempre os meus jogadores. Mas nunca fujo da realidade. Se há coisa que sei fazer é preparar bem jogos. Analisar as coisas de forma concreta e dizer aos jogadores quando as coisas estão bem ou menos bem. Mas depois tenho este lado em que eu gosto de proteger os meus jogadores. Atirem as balas para mim. Para que eles estejam tranquilos, confortáveis, no mundo real, para fazerem exibições desta maneira. Aquilo que foi importante, e porque estamos sempre a aprender, foi olhar para o jogo aprender, referescar a equipa com energia e também surpreender o nosso adversário. Não ganhámos nada, estamos apenas na final e vamos disputá-la.»
[Falou em dar o peito as balas. Sente-se injustiçado pela crítica?]
«Não. Eu sei conviver muito bem com a pressão. Foi o resultado de hoje a forma como jogámos. A equipa provou mais uma vez que sabe jogar bom futebol. Temos de continuar a trabalhar para termos essa consistência, a jogar de três em três dias. É isso que procuramos.»
[Balneário conseguiu perceber recado de que, quem joga, tem de estar ao limite?]
«Eu ando sempre no limite na forma como preparo o treino e os jogos. É isso que quero dos jogadores. Entrámos em setembro e tínhamos um plano. Conseguimos. À medida que vamos trabalhando com os jogadores é importante eles saberem o que é jogar a Benfica, com uma responsabilidade tremenda. O que Andreas [Schjelderup] fez e o que o [Leandro] Barreiro costuma fazer, é estarem disponíveis para o treinador e poderem corresponder.»
[Jogo ajudou Schjelderup a ganhar mais oportunidades?]
«Claro que sim, como ajudou o Barreiro, o Zeki… É isso que eu quero. Com o tempo, conhecer melhor os jogadores e eles conhecerem melhor as minhas ideias. É importante eles perceberem o que é jogar à Benfica. A mentalidade vencedora parte de mim, da sequência que quero ganhar jogos. Aqui tem de haver uma mentalidade de campeão, de jogar à Benfica. Estamos satisfeitos mas o que queremos mais é vencer o título diante do Sporting.»
Fonte: Mais Futebol