Guangzhou, que só comprava craques, acaba por excesso de dívidas

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O clube que chegou a ser treinado pelo ex-selecionador de Portugal, Luiz Felipe Scolari, e onde jogaram as estrelas brasileiras Paulinho (ex-Barcelona) e Talisca (atual Al-Nassr), entre outros, não conseguiu cumprir com os requisitos financeiros da Associação Chinesa de Futebol, necessários para competir na época de 2025. 

«Devido aos pesados encargos financeiros resultantes de épocas anteriores, o clube não conseguiu pagar todas as dívidas dentro do prazo», sublinhou o Guangzhou, num comunicado. «Expressamos as nossas sinceras desculpas e agradecemos a compreensão e o perdão de todos os adeptos», salientou.

Após ter sido adquirido pelo promotor imobiliário Evergrande, em 2010, o clube começou a ter uma elevada onda de gastos. 

Em 2021, a Evergrande registou dívidas superiores a 300 mil milhões de dólares (288 mil milhões de euros), o que conduziu à saída de muitos dos astros milionários do clube, que acabou despromovido à segunda divisão chinesa, em 2022.

Muitos outros clubes anunciaram, igualmente, a sua dissolução, como o Cangzhou Mighty Lions (clube da Superliga Chinesa) e o Hunan Billiows (da terceira divisão). Outro caso foi o do Jiangsu Suning, que após sagrar-se campeão, em 2020, acabou igualmente dissolvido, após o fim do financiamento do grupo Suning, especializado em retalho e eletrodomésticos.

As grandes empresas chinesas, desde o ramo imobiliário à gestão portuária, faziam investimentos avultados nos clubes de mão dada com o desejo do Governo de potencializar o país futebolisticamente. 

Contudo, face aos elevados gastos, as autoridades tiveram que estabelecer um máximo salarial de três milhões de euros e passaram a taxar a 100% as contratações de futebolistas estrangeiros acima dos 5,5 milhões de euros.

No fundo, foi uma espécie de travão a fundo nos investimentos feitos no futebol chinês, após muitos anos com grandes nomes e contratações surpreendentes, como as de Hulk, Carlos Tévez ou Oscar, todos com contratos milionários. 

«Só com visão a longo prazo, mantendo uma situação financeira saudável e investindo nos jovens, com paciência, é que os clubes podem construir um futuro sólido», declarou a Associação Chinesa de Futebol em comunicado, afirmando ainda que 49 equipas foram consideradas financeiramente prontas para competir nos três diferentes escalões em 2025.

Fonte: Mais Futebol

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