FACE ÀS CONVULSÕES PÓS-ELEITORAIS: Nyusi quer maior participação no debate dos problemas do país

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ISAÍAS MUTHIMBA

O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, defende que as actuais discussões sobre o futuro de Moçambique, face às convulsões pós- eleitorais, devem ir para além do campo político para garantir que o seu desfecho satisfaça a todos os moçambicanos.
O Chefe do Estado, que falava ontem, em Maputo, em mais um encontro com as lide ranças dos partidos políticos, destacou a necessidade de se encontrar espaço para a participação da sociedade para que os debates não sejam apenas de um grupo de pessoas.
Participaram no encontro os presidentes da Renamo, Ossufo Momade; MDM, Lutero Simango; PODEMOS, Albino Forquilha; e da Nova Democracia (ND), Salomão Muchanga. Esteve ainda o secretário-geral da Frelimo e Presidente da República eleito, Daniel Chapo; e a mandatária do MDM, Silvia Cheia.
O encontro visava debater o documento produzido pelos participantes e que traça os caminhos que o país deve per correr nos próximos tempos.
Na circunstância, Nyusi apelou que todos se concentrassem no figurino escolhido e que trabalhem nos consensos para que as conclusões não sejam de um pequeno grupo.
“O encontro de hoje será mais produtivo por causa deste documento, mas pre cisamos de definir o figurino definitivo da discussão para que o debate seja sustentável e contínuo”, apontou, esclarecendo que é preciso saber como os moçambicanos se representam nestas discussões.
Referiu que o facto de o país estar na véspera do começo de novo ciclo governativo conduz à necessidade de se definir, claramente, prazos indicativos sobre o que deve acontecer.
Outra questão que deveria ser abordada no encontro de ontem é a harmonia entre o que foi dito na sessão passada e o que deve ser continuado.
“É verdade que representamos parte significativa dos moçambicanos, mas temos outros grupos (académicos, jornalistas, artistas, camponeses ou desportistas) que têm as suas expectativas”, apontou.
Disse, por exemplo, que os camponeses querem ver como aceder e trabalhar a terra; jornalistas mais espaço e liberdades; e desportistas e artistas ser mais valorizados. Por isso, entende que nos documentos que se pretende discutir é necessário acomodar todos os interesses dos moçambicanos.
Lembrou que há outros processos em curso que devem ser enquadrados nas actuais discussões.
Daniel Chapo, que falou em nome do grupo, disse que as discussões centraram-se mais na necessidade de se desencadear reformas na Constituição da República e na Lei Eleitoral e outras questões pertinentes para a vida dos moçambicanos.

Fonte: Jornal Noticias

 

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