Treinador português fala em equipa «mundialmente conhecida pelo ataque ao golo». Promete espaço para os ‘Meninos da Vila’, mas espera mais reforços
Pedro Caixinha já iniciou, a todo o gás, a segunda experiência no futebol brasileiro e paulista, ao serviço do Santos, gigante que acorda após um ano adormecido na Série B do Brasileirão. O ex-treinador do Red Bull Bragantino promete dedicar-se “24 por sete” ao clube, ou seja, o dia inteiro e a semana toda, e promover um futebol sempre para a frente num emblema, segundo o próprio, «conhecido mundialmente pelo ataque ao golo».
«A filosofia do Santos é conhecida mundialmente, uma equipa que ataca a baliza adversária, essa filosofia encaixa nas pessoas que estão à frente do clube e por isso procuraram um treinador com essa filosofia. Falta a última ligação, os atores do jogo», disse Caixinha, já há uma semana a tomar o pulso ao plantel. E, por isso, já com uma ideia de jogo definida: «Estamos a trabalhar o 4x3x3».
«Queremos a equipa proativa, não podemos esperar o adversário, é atacar para a frente, bloco alto, os extemos precisam de pressionar, sem baixar muito, queremos ocupar o meio-campo ofensivo com e sem bola, vamos passar por bloco médio, claro, marcar zonas de pressão, vamos defender a baliza em bloco baixo, também, mas maioritariamente queremos o ocupar o campo de ataque».
Para já o ambiente é de entusiasmada lua de mel. «E vamos procurar estendê-la, identifiquei-me muito com as pessoas, mas quando as ondas forem mais altas, também as teremos de suportar. Estarei, por isso, a viver no clube 24 por sete», prometeu o treinador.
O antecessor, Fábio Carille, mesmo tendo cumprido o objetivo de subir e vencer a Série B não entusiasmou os adeptos por jogar defensivamente e apostar pouco na lendária formação santista.
«A competência não tem idade», diz, por sua vez, Caixinha. «Desde que os jogadores tenham fome, não podemos é ter jogadores sem ambição de ganhar e que não queiram representar os valores da instituição, se tiverem qualidade até jogadores de 16 anos podem ser chamados», disse, referindo-se aos Meninos da Vila como são chamados os craques, como Pelé e Coutinho, Robinho e Diego, Neymar e Ganso, que ao longo dos anos o Peixe produziu.
Mas além disso, o Santos precisa de reforços: para já chega Tiquinho, ex-Botafogo, num negócio que envolveu a transferência do cobiçado central Jair para o clube carioca, Leo Godoy, lateral argentino ex-Athletico, Zé Ivaldo, central ex-Cruzeiro, Luisão, central ex-Novorizontino, e provavelmente Thaciano, médio ex-Bahia, além do regresso de Soteldo e Morelos, emprestados a Grêmio e a Atlético Nacional, de Medellín, respetivamente, em 2024.
Fonte: A Bola