Fraco movimento em Ressano Garcia

0
12

A Fronteira de Ressano Garcia, entre Moçambique e África do Sul, voltou ontem a registar um fraco movimento de pessoas e de transporte de mercadoria, devido às manifestações que vêm ocorrendo de há algum tempo a esta parte no país.

De quarta-feira ao meio dia de ontem, nesta que é a maior fronteira terrestre do país, atravessaram 250 viaturas, na sua maioria de carga, contra uma média diária de duas mil, conforme constatou o “Notícias” naquele posto migratório.

Juca Bata, porta-voz do Serviço Nacional de Migração, disse que a fronteira está a funcionar, mas não se consegue viajar porque a estrada está bloqueada por manifestantes.

O porta-voz lamenta a redução drástica do movimento migratório, sobretudo de camiões, sublinhando que a situação mexe com a economia.

A Reportagem do “Notícias” constatou que tanto do lado moçambicano como da África do Sul havia longas filas de camiões à espera de atravessar.

Aliás, em Ressano Garcia havia igualmente transportes de passageiros idos da terra do rand que não conseguiam sair porque os manifestantes não deixavam viaturas circular.

Logo pela manhã os cidadãos, maioritariamente residentes na vila de Ressano Garcia, munidos de catanas, paus, pedras e outras armas brancas, fizeram-se à estrada para impedir o trânsito.

Nas suas mensagem falam do elevado custo de vida e falta de emprego, sobretudo para jovens, que na sua maioria vivem do comércio.

Moisés é residente no distrito de Bilene, na província de Gaza. Num breve contacto, disse que rapidamente fez o movimento migratório, mas não consegue transporte para chegar à cidade de Maputo, de onde partiria para o destino final.

Lídia Rungo é residente em Maputo. Foi à África do Sul para visitar a filha, mas a viagem de regresso foi interrompida na fronteira porque os manifestantes bloquearam a via, situação que considera de prejudicial à vida das pessoas.

Foto: J. Muianga

Fonte: Jornal Noticias

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu nome aqui
Por favor digite seu comentário!