Dirigente ficará eternamente na história por ter recolocado o emblema do Oeste nas competições profissionais quase um quarto de século depois; garante a A BOLA que a decisão é «meramente pessoal» e que mantém uma «excelente relação com a administração e com o investidor»; o orgulho pelo sucesso desportivo alcançado e pela projeção da Academia
Bruno Vitorino vai deixar a presidência da SAD do Torreense. Quatro anos depois de ter assumido as rédeas do emblema do Oeste, o dirigente assume que esta mudança se deve apenas por motivos pessoais, até porque, confessa a A BOLA, mantém uma excelente relação com toda a equipa com quem trabalhou nas últimas épocas.
«A minha saída da SAD do Torreense está relacionada com questões meramente pessoais. Devo dizer que mantenho uma excelente relação com a atual administração, bem como com o investidor da SAD, pelo que esta minha decisão é apenas por motivos pessoais. Saio de consciência tranquila», começou por dizer.
Ainda que contratualmente esteja em funções até ao final deste mês – André Baptista será o seu sucessor, tal como, de resto, A BOLA anunciou em primeira mão no passado dia 7 -, Bruno Vitorino aceitou fazer um balanço do trabalho realizado nas últimas quatro temporadas.
O dirigente não esconde o orgulho por tudo aquilo que o Torreense conseguiu alcançar durante o referido período, com especial enfoque, claro está, para a subida à Liga 2, na época 2021/2022, e também para a conquista do título de campeão da Liga 3 logo na primeira edição da prova.
«A história não se apaga e, com toda a humildade, não posso deixar de assinalar que estou, efetivamente, bastante feliz com tudo aquilo que conseguimos fazer no Torreense nestes últimos anos. O regresso do clube às competições profissionais, 24 anos depois, foi uma página dourada que ajudámos a escrever, sendo que a isso ainda tivemos o prazer de juntar o título de campeões da Liga 3 na época de estreia da competição. Ou seja, aconteça o que acontecer, o Torreense ficará para sempre perpetuado como o primeiro vencedor da Liga 3», acrescentou Bruno Vitorino.
Nesta conversa com o nosso jornal, Bruno Vitorino aflorou ainda a vertente financeira, sublinhando que, também nesta área, houve um forte crescimento do Torreense: «Além de termos, neste momento, um clube estável, penso ser de elementar importância referir a questão das infraestruturas, nomeadamente a construção da Academia, um projeto que tinha cerca de 20 anos e que conseguimos colocar em prática. Trata-se de uma obra que apenas foi possível através da parceria com a Câmara Municipal de Torres Vedras, sendo certo que, quando a Academia estiver concluída, não só alavancará ainda mais o crescimento do Torreense, como também será mais uma referência para a própria cidade de Torres Vedras, nomeadamente ao nível da formação desportiva.»
Fonte: A Bola