Treinador do Botafogo lembra que «há muito campeonato pela frente»; Petit aplaude jogadores após goleada do Cuiabá; Álvaro Pacheco vê Vasco a crescer «passo a passo»
Depois da experiência do ano passado, no Botafogo todas as cautelas são poucas. Artur Jorge, treinador português do líder do Brasileirão, após nove jornadas ainda incompletas, sabe o que se passou em 2023, quando o Fogão deixou escapar vantagem de 14 pontos, e por isso recomenda cuidados em 2024.
«Ser líder não significa nada nesta altura. Foi só mais uma jornada. Precisamos valorizar o desempenho nestas vitórias consecutivas e sentir que o trabalho está dando resultado. Isso deixa-nos satisfeitos e alimenta-nos a ambição, mas sabemos que há muito campeonato pela frente», disse Artur Jorge após vitória, por 2-1, sobre o Grêmio.
«Nesta altura, a liderança é justa pelo que temos feito mas é prematuro falarmos de uma liderança confortável, vamos trabalhar para fazer mais e melhor», continuou o treinador, que dedicou o triunfo a Tiquinho Soares. O atacante não defrontou o Tricolor Gaúcho, uma vez que pai morreu na sexta-feira.
Outro treinador com motivos para celebrar mas ainda na zona perigosa da tabela é Petit: o Cuiabá goleou o Fortaleza por 5-0. «Entrámos muito fortes, fizemos o 3-0 logo no início, com muita personalidade, sem deixar o adversário jogar, por isso tenho de dar os parabéns aos meus jogadores, é isso que devemos valorizar, mas esta vitória só vale três pontos.»
Petit acabou por ser atirado ao chão, num lance em que segurou a bola e irritou Renato Kayzer, atacante rival, que não queria perder tempo. Na sequência, o treinador e o ponta-de-lança foram expulsos. «Agarrei a bola, o jogador derrubou-me, depois continuou tudo no túnel mas também fui jogador, a equipa a perder, com dois expulsos, gera cabeça quente», explicou.
No Rio de Janeiro, o Vasco da Gama empatou com o Cruzeiro, após duas derrotas seguidas para os favoritos à vitória final Flamengo e Palmeiras: «Sei que no futebol as coisas não acontecem de um momento para o outro. Não tenho uma varinha mágica para chegar aqui e colocar a equipa a jogar da forma que vai jogar.»
«Mas os indicadores que tenho é de que há evolução da equipa, dedicação, capacidade de envolvimento, há sinais que me agradam sobre o futuro do Vasco, vamos chegar ao patamar que acredito, mas é passo a passo», afirmou. Sobre o cargo, lembrou que «os treinadores têm que estar sempre com as malas prontas», mas sublinhou «morrer pelos interesses do Vasco».
Fonte: A Bola