AIAS relança concurso para obras de protecção costeira da Cidade da Beira em Dezembro

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A Administração de Infra-Estruturas de Água e Saneamento (AIAS) anunciou que irá relançar, em Dezembro de 2024, o concurso para a selecção de um empreiteiro para as obras de reabilitação da protecção costeira da cidade da Beira, na província de Sofala. A informação foi confirmada pela Directora-Geral da AIAS, Rute Nhamucho, durante uma conferência de imprensa realizada hoje, em Maputo.

Este projecto de protecção costeira, que compreende a reabilitação de cerca de 14 quilómetros entre o Hotel Terraço e a Praia Nova, tem como objectivo reduzir a vulnerabilidade da cidade da Beira a desastres naturais, especialmente inundações e erosão costeira. A obra será executada em duas etapas, envolvendo a restauração de dunas e muralhas costeiras, num investimento total de 120 milhões de dólares, co-financiado pelo Governo de Moçambique, Banco Mundial, Invest International e KfW (Banco Alemão para o Desenvolvimento).

Segundo Nhamucho, o primeiro concurso lançado em 2024 foi cancelado devido ao facto de nenhuma das oito empresas concorrentes ter cumprido integralmente os critérios técnicos necessários para avançar para a fase de avaliação financeira. “Nenhuma empresa foi seleccionada para a fase seguinte, e não houve qualquer reprovação dos financiadores, pois o processo não avançou até essa etapa de adjudicação”, explicou a Directora-Geral.

A AIAS notificou todas as empresas participantes sobre o cancelamento do concurso e reafirmou que tanto os antigos concorrentes como novas empresas poderão participar no processo a ser relançado. Nhamucho sublinhou que, neste novo concurso, será exigido que o empreiteiro descreva, no seu plano, como será feita a revegetação das dunas e o envolvimento das comunidades locais, aspecto que não constou no processo anterior.

O projecto enquadra-se no CERRP (Projecto de Recuperação de Emergência e Resiliência pós-Ciclones Idai e Kenneth) e visa fortalecer a resiliência da Beira, uma cidade altamente vulnerável a desastres climáticos.

Fonte: O Económico

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