O Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Rasaque Manhique, realizou uma visita às infraestruturas danificadas durante as manifestações violentas de quinta-feira (7), que deixaram um rastro de destruição em vários pontos da capital. Entre os locais visitados, estavam a Administração do Distrito Municipal Ka Maxaquene e o Comando da Polícia Municipal, ambos alvos de ataques, destruição e incêndios.
As manifestações, que se espalharam pela cidade de Maputo e por várias províncias de Moçambique, foram convocadas pelo candidato presidencial do partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Venâncio Mondlane, em protesto contra os resultados das eleições gerais de 9 de outubro. Os danos mais severos foram registrados em áreas comerciais e institucionais, como o centro comercial Shoprite e o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).
Um dos locais que mais impressionou foi a Avenida Eduardo Mondlane, onde o asfalto recém-colocado foi severamente danificado por pneus queimados durante os protestos. Segundo testemunhas, os manifestantes ignoraram os apelos do governo e até mesmo os pedidos de Mondlane para evitar atos de vandalismo.
No distrito de Ressano Garcia, na província de Maputo, também ocorreram confrontos, levando ao fechamento temporário da fronteira de Lebombo pela África do Sul como medida preventiva. Os danos mais extensivos, porém, foram reportados no distrito municipal Ka Maxaquene, onde o Comando da Polícia foi incendiado, juntamente com várias viaturas estacionadas no local. Vidros foram quebrados e portas, vandalizadas.
Durante a visita, Manhique expressou pesar pelos estragos e enfatizou a necessidade de união da população para reconstruir as áreas danificadas. “É duro ver estas coisas, não era preciso que tivéssemos chegado a este ponto”, declarou. O Presidente do Município apelou à paciência e à colaboração dos cidadãos nas campanhas de limpeza e recuperação da cidade, incentivando o espírito de união. “Todos, temos que estar juntos pela mesma causa, que é irmos para frente,” concluiu.
As autoridades locais já iniciaram o levantamento dos danos, embora ainda não haja um prazo definido para a reparação completa das infraestruturas.
Fonte: O Económico