Um golaço de falta direta de Raphinha animou o time de Dorival Júnior, mas Daniel Muñoz deixou tudo igual nos acréscimos do primeiro tempo. Foi mais uma partida brilhante de James Rodríguez, que se destacou em campo.
Os cafeteros enfrentarão nas quartas o Panamá, a grande surpresa desta Copa América, no próximo sábado, em Glendale (Arizona). O Brasil voltará a Las Vegas, para enfrentar o Uruguai.
A Colômbia foi de menos a mais em Santa Clara e anulou Vinícius Júnior, que passou despercebido, exceto para protestar. Nem sinal do jogador que liderou a goleada sobre o Paraguai.
O atacante do Real Madrid ainda perderá a partida das quartas por ter atingido James com o braço.
Foi um duelo elétrico à altura do esperado: brigas, entradas no limite, bolas na trave e emoção até o final.
A Seleção Brasileira começou mais afinada, com Raphinha – que recuperou a titularidade, e Rodrygo – explorando com frequência e eficácia o lado direito do campo.
Vinícius quase arruinou o bom início dos brasileiros, ao deixar o braço em James, perto da área. O camisa 10, que tem um pé esquerdo refinado, raspou o travessão na cobrança de falta.
A precisão que faltou ao meia do São Paulo, sobrou para Raphinha em outra falta que ele cobrou magistralmente, também com a perna esquerda, no ângulo do gol de Vargas.
Foi a pior coisa que poderia ter acontecido para o time de Dorival, que passou a contemporizar. James quase não finalizou um bom cruzamento de Arias e Davinson Sánchez fez os corações dos brasileiros pararem com um gol de cabeça, anulado por impedimento. O VAR levou três minutos para confirmar a decisão do bandeirinha.
E a Colômbia insistia. Mais uma vez James quase surpreendeu Alisson, em outra falta pela lateral. O Brasil se esqueceu de olhar para o gol adversário. Vinícius, apagado, bloqueado e inofensivo.
A partida estava cada vez mais favorável para os colombianos e nos acréscimos, Daniel Muñoz apareceu surpreendentemente para finalizar uma boa jogada entre James Rodríguez e Jhon Córdoba.
O empate deixou a pentacampeã do mundo abalada. A substituição de Lucas Paquetá por Andreas Pereira no intervalo teve pouco impacto perceptível.
Néstor Lorenzo também fez uma mudança estratégica. Tirou Deiver Machado, advertido, e colocou Johan Mojica para dar fôlego.
Raphinha tentou recolocar sua equipe no jogo com outra falta bem cobrada. Mas o principal problema da Canarinho é que ninguém apareceu para organizar o jogo, reduzido a bolas nas costas em busca de um lampejo de Vini e de um Rodrygo bastante debilitado.
James continuou solto entre as linhas, recebendo, olhando e colocando bolas no coração da área. Dorival desesperava-se na lateral, com o árbitro e com seus jogadores. Tentou reviver a equipe com Savinho e Endrick.
Também não funcionou. O time de Lorenzo continuou ditando o ritmo com ‘olés’ das arquibancadas e até poderia ter virado, se Santos Borré não tivesse mandado por cima, um passe preciso de Luis Díaz. O toque final foi dado por Vargas ao desviar um chute de gol de Pereira.
A Colômbia de James sorri, líder do Grupo D. O Brasil de Vinícius treme, terá que dançar com o mais apavorante: o Uruguai de Marcelo Bielsa.
Fonte: Besoccer
