Manifestações causam prejuízo de cerca de 4,5 mil milhões de meticais na fronteira de Ressano Garcia

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Os três dias de manifestações violentas que se assistiram em Moçambique, na semana passada, resultaram na perda de 4,5 mil milhões de meticais (cerca de 70,4 milhões de dólares) de receitas para o Estado moçambicano, devido a interrupção do movimento migratório na Fronteira de Ressano Garcia, na província meridional de Maputo, revela a Agência de Informação de Moçambique (AIM), citando fonte da Autoridade Tributaria de Moçambique.

Ressano Garcia é a maior fronteira terrestre do país e a que mais regista maior fluxo de movimentação de pessoas e bens entre Moçambique e a vizinha África do Sul.

Segundo o porta-voz da Autoridade Tributária (AT), Fernando Tinga, citado pela AIM, aquele posto de travessia permite que o Estado arrecade, em média diária, cerca de 1,5 mil milhões de meticais.

Assim, em cumulativo dos três dias de manifestações que ditaram a paralisação de quase todas as actividades no País, convocadas pelo candidato presencial Venâncio Mondlane, o prejuízo total é de cerca de 4,5 mil milhões de meticais.

“A fronteira de Ressano Garcia tem uma estimativa de arrecadação de cerca de 1,5 mil milhões por dia. Portanto, já se pode imaginar que uma paralisação do tráfico vai, naturalmente, no mínimo, causar uma situação de perdas de receitas nessa dimensão”, disse

Acrescenta que a paralisação do tráfego ao nível daquela fronteira é uma situação que afectou não só o comércio externo, mas também o comércio interno e os diversos segmentos da sociedade.

A paralisação parcial das actividades foi registada nos dias 21, 24 e 25 da semana finda, numa acção que, segundo Mondlane, tinha como principal motivo reivindicar a “reposição da verdade eleitoral, na sequência do anúncio dos resultados do escrutínio de 09 de Outubro que dão vitória à Frelimo, partido no poder.

Infelizmente, as manifestações acabaram degenerando em violência em muitas regiões do país que culminaram com a destruição de bens público, incluindo infra-estruturas e privados.

Fonte: O Económico

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