Brasil, no pódio das seleções com menos precisão na Copa América 2024

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O Brasil tem sido a grande decepção da primeira rodada da Copa América com seu empate – sem gols – contra a Costa Rica, deixando um dado alarmante: é a terceira seleção com menos precisão até agora no torneio.

A Canarinho, no quinto jogo da era Dorival Júnior (três empates e duas vitórias), chutou 19 vezes em direção ao gol de Patrick Sequeira, mas acertou apenas 3 vezes no alvo.

Esses números colocam o Brasil no terceiro lugar, entre as seleções com pior precisão – atrás do Chile, com um acerto em nove tentativas, no empate contra o Peru (0 a 0) e da Costa Rica, que se fechou atrás e resistiu ao ímpeto dos brasileiros, terminando sem nenhum chute a gol em dois esforços.

A diferença é que para os costarriquenhos o ponto foi como ouro, enquanto para Vinícius Júnior e companhia, amargou a estreia.

Equador e México, os mais eficazes ao gol

No outro extremo, os maiores percentuais de acertos ao gol em relação ao total são, até agora, do Equador (57,1%), que inesperadamente permitiu a virada da Venezuela (2 a 1); México (52,9%), que venceu a Jamaica (1 a 0); e Bolívia e Peru (50%), segundo dados de BeSoccer.

Marquinhos, uma das vozes mais respeitadas no vestiário, deu a chave na zona mista. “Faltou um pouco de calma”. Dorival Júnior também lamentou a falta de precisão no jogo da equipe, que em muitos momentos avançou de maneira afoita.

Nas palavras do treinador brasileiro, “faltou o detalhe principal”, ou seja, o gol.

Foram várias as oportunidades claras em que o Brasil teve chance de abrir o placar, mas Raphinha, Rodrygo, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá – este último com um chute na trave – não encontraram o caminho do gol.

Vinícius mal apareceu na área de Sequeira. Savinho e Endrick melhoraram o fluxo ofensivo da equipe, mas o nervosismo pesou no último passe.

A longa jornada para encontrar um camisa 9

Historicamente, o Brasil foi uma seleção conhecida por seu jogo alegre e improvisado no ataque. Esses atributos fizeram da Canarinho, um adversário temido em qualquer lugar do planeta.

Alguns consideram que a melhor exibição ofensiva já vista em uma Copa do Mundo ocorreu no México 1970, quando o então técnico brasileiro Mário Lobo Zagallo ousou jogar com cinco atacantes: Jairzinho, Gerson, Rivellino, Tostão e Pelé.

Anos depois, continuou a impor medo com Romário, Bebeto, Rivaldo, Ronaldinho, Ronaldo Nazário… O último 9 imponente foi Adriano, cuja carreira foi mais curta do que o esperado, devido a problemas extracampo que o levaram a pendurar as chuteiras.

 

E desde então, uma longa jornada no deserto. Na verdade, Dorival iniciou sua jornada na equipe principal com um trio com Vinícius Júnior e Rodrygo alternando na posição de falso 9.

As grandes esperanças do Brasil estão agora depositadas em um adolescente de 17 anos: Endrick, atacante do Palmeiras e futuro jogador do Real Madrid. Esta Copa América é sua primeira grande competição com a equipe principal. Dorival pede paciência, embora já projete que mais cedo ou mais tarde ele será titular.

Fonte: Besoccer

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