Os preços do petróleo registaram uma queda nesta quarta-feira, 23/10, devido ao aumento dos stocks de petróleo nos Estados Unidos, que superaram as expectativas do mercado. As reservas de petróleo bruto aumentaram 1,64 milhões de barris na última semana, de acordo com dados do Instituto Americano de Petróleo (API), enquanto analistas esperavam um crescimento mais moderado, de 300.000 barris. Este aumento na oferta de petróleo tem exercido pressão sobre os preços, levando à queda das cotações, com o Brent a cair 0,3% para US$ 75,84 e o West Texas Intermediate (WTI) a descer 0,3% para US$ 71,54 por barril
No entanto, as quedas foram limitadas pela atenção contínua às tensões no Médio Oriente, particularmente ao conflito entre Israel e grupos apoiados pelo Irão, como o Hezbollah. Os mercados estão a observar de perto a possível resposta de Israel a ataques de mísseis iranianos, o que pode elevar os riscos geopolíticos na região e, consequentemente, impactar os preços do petróleo. A visita do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Israel para discussões diplomáticas também contribuiu para a incerteza do mercado.
Além disso, há sinais de que os esforços de estímulo da China podem trazer alguma estabilidade ao mercado e até impulsionar uma recuperação sustentada da procura por petróleo. Esta perspectivas de uma maior procura por parte da segunda maior economia do mundo foram citadas como um factor potencial de suporte para os preços do petróleo.
Com o aumento das reservas nos EUA e a situação instável no Médio Oriente, os preços do petróleo têm oscilado entre condições de sobrecompra e sobrevenda, tornando difícil prever a direção do mercado. Segundo o Goldman Sachs, os preços devem atingir uma média de US$ 76 por barril até 2025, com base numa previsão de um excedente moderado e na capacidade de reserva entre os produtores da OPEP+.
Fonte: O Económico
