David Vinhas: «Rodrigo Mora é um talento puro com tudo para ficar no plantel»

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Defesa-central, também ele formado no FC Porto, eleva o craque para patamares de excelência; «Extrovertido, mas muito humilde», garante; pré-época será a montra

Quando, a 15 de janeiro de 2023, jogava-se, então, a 16.ª jornada da Liga 2, António Folha, treinador da equipa B do FC Porto (cargo que vai deixar de ocupar no final desta época), lançou um miúdo chamado Rodrigo Mora, escrevia-se história no futebol português: aos 15 anos, oito meses e 10 dias, o craque portista tornava-se no mais jovem de sempre a jogar no segundo escalão nacional – batendo, na altura, o recorde que pertencia a Ricardinho (Mafra).

Quem o conhece diz que foi o corolário lógico da qualidade de Mora. Porque o criativo brilhou sempre na formação dos azuis e brancos que as etapas foram sendo queimadas… naturalmente.

O presente do médio-ofensivo/extremo, agora com 17 anos, já é uma certeza e o futuro afigura-se (ainda mais) auspicioso. Rodrigo Mora – melhor marcador do recente Europeu de sub-17 – vai fazer a pré-época com o plantel principal e sonha com a elite portista já na próxima temporada.

A BOLA falou com David Vinhas, que esteve no banco nesse jogo de estreia do jovem na formação secundária, e o defesa-central não está minimamente surpreendido com a ascensão. «A sua estreia na equipa B foi perfeitamente natural e era uma questão de tempo até acontecer. Tem muita qualidade», começa por dizer.

E o desafio para analisar o antigo colega foi facilmente superado: «É um jogador de bola no pé e de remate fácil. Tem uma qualidade técnica acima da média e descobre sempre as melhores linhas de passe. É muito forte no último terço ofensivo. O Rodrigo Mora é um talento puro que tem tudo para ficar no plantel principal do FC Porto. É um artista. Um mágico.»

David Vinhas sublinhou ainda a personalidade de Mora. «Tem os pés bem assentes no chão. É um menino extrovertido, brincalhão, mas sempre com muito humilde», concluiu.

Há oito anos ligado ao FC Porto, clube onde chegou em 2016, David Vinhas esteve, na temporada que agora finda, emprestado ao Vianense. A passagem pelo Alto Minho foi de sucesso (29 jogos e dois golos) e o jogador sente-se preparado para voltar aos dragões, com quem tem contrato até 2026.

«Ainda não seu o que o futuro me reserva. A época no Vianense correu-me bem, felizmente fui bastante utilizado e senti que cresci e amadureci. Agora estou a aguardar pelas indicações do FC Porto», assume o jovem defesa-central, de apenas 21 anos.

O regresso ao FC Porto pode dar-se pela porta da equipa B, cenário que agrada a David Vinhas: «Julgo que seria uma boa hipótese para mim. Caso seja esse o desejo dos responsáveis do clube, por mim está tudo bem. Fiz um bom percurso na Liga 3, acabei por progredir bastante no meu jogo e, dessa forma, jogar num patamar superior em 2024/2025, ainda para mais num clube como o FC Porto, seria ótimo.»

Recorde-se que David Vinhas, natural de Santo Tirso, começou o seu percurso de formação no Freamunde, passando depois pelo Vitória de Guimarães antes do ingresso no emblema portista. Já de dragão ao peito foi sempre um dos mais utilizados nas camadas jovens, tendo chegado com toda a naturalidade à equipa B.

No início desta época teve a oportunidade de sair para experimentar uma outra realidade, no caso, a Liga 3, pegando de estaca no Vianense e destacando-se como um dos elementos de maior regularidade na formação minhota que, ainda assim, acabou por não conseguir evitar a descida ao Campeonato de Portugal. Talvez o futuro de David Vinhas volte a ter a Liga 2 como pano de fundo. A qualidade está toda lá…

Fonte: A Bola

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