O SECTOR empresarial não irá aderir à manifestação que está a ser mobilizada para contestar os resultados do processo eleitoral ainda em curso no país, pois tal acção teria um grande impacto nas finanças das empresas e na vida dos trabalhadores.
A posição foi manifestada ontem pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que afirmou ter consultado os seus membros, incluindo o sector comercial, a Associação dos Empresários Muçulmanos, o sector bancário, transportes e restauração, e nenhum vê razões para aderir à paralisação.
Segundo o vice-presidente da CTA, Prakash Prehlad, todas as empresas consultadas garantiram que não irão parar as suas actividades, e consideraram que misturar assuntos políticos com questões económicas seria inadequado.
A CTA alerta que tal intenção resultaria em enormes prejuízos económicos e sociais dos quais a classe trabalhadora e as suas famílias seriam as principais vítimas, especialmente devido ao impacto que teria sobre as obrigações salariais.
Por sua vez, o vice-presidente responsável pelo sector do Turismo, Vasco Manhiça, explicou que os pronunciamentos já estão a causar perturbações no sector, com alguns cancelamentos de reservas no exterior.
Assim, o apelo da CTA vai no sentido de minimizar as perdas numa economia que está ainda em recuperação de conjunturas anteriores.
“Os pronunciamentos terão um impacto que pode alastrar-se e até comprometer o período alto para Moçambique. A quadra festiva é considerada época alta no país, e isso poderá, de facto, ter impacto ainda maior”, afirmou.
Fonte: Jornal Noticias