A CTA e a Câmara do Comércio apelam às autoridades a esclarecerem os casos de raptos e a combaterem o crime que está a minar o ambiente de negócios no país.É o grito de quem sente na pele a perseguição e a tensão provocada por um tipo de crime que, aparentemente, escolhe à dedo as suas vítimas.Há mais de 15 anos, o País é assolado por uma onda de raptos sem precedentes, cujo perfil de vítimas é o sector empresarial, o que, consequentemente, passou a minar o ambiente de negócios.A classe empresarial já veio ao público, por várias vezes, pedir ao Governo uma intervenção para acabar com o crime. Em resposta, o Executivo criou a brigada anti- rapto, mas esta acção não foi o suficiente para travar este fenómeno.A CTA voltou, esta sexta-feira, a condenar o acto.Outra entidade que demonstra desgaste e preocupação, é a Câmara do Comércio de Moçambique, agremiação que comunga a classe empresarial no país. Através deste comunicado de imprensa a CCM disse que os raptos estão a afugentar investidores e seus projectos.Tal fenómeno não só mina e compromete os esforços que têm vindo a ser empreendidos, a vários níveis, em prol do desenvolvimento socio-económico do país, como também mina o ambiente de negócios e pode retrair interesses de investimentos. Estes actos podem, também, afugentar empresários contribuindo dessa forma para a elevação dos índices de desemprego e de todos os factores criminais a isso conexos. Le-se no documento, acompanhado por um apelo.Com o efeito, a CCM exorta as autoridades competentes a continuarem de forma firme, serena e abnegada no combate à este tipo de crimes que nada contribuem para a garantia da segurança e da almejada paz na sociedade moçambicana, pelo clima de medo que se semeou com esta onda de raptos e a sensação da sua impunidade. Exorta a Câmara do Comércio de Moçambique.Entretanto, o Serviço Nacional de Investigação Criminal na cidade de Maputo, ainda não tem pistas para o esclarecimento do caso ocorrido no dia 26 envolvendo um cidadão asiático.Nas investigações levadas a cabo pelas autoridades, têm vindo a ser detidos e condenados vários cidadãos nacionais e estrangeiros, porém os mandantes do crime continuam longe do alcance dos detentores.
Fonte:O País