O ATRASO no pagamento de horas extraordinárias e segundas turmas continua a ser uma das principais inquietações dos professores, que não raras vezes são chamados a prestar trabalho adicional para suprir o défice de docentes.
A preocupação foi reafirmada ontem, em Maputo, pelo secretário-geral da Organização Nacional dos Professores (ONP), Teodoro Muidumbe, em contacto com o “Notícias” por ocasião da celebração hoje, 12 de Outubro, Dia do Professor.
Na ocasião o dirigente referiu que desde a introdução da Tabela Salarial Única (TSU) o Ministério da Economia e Finanças tem vindo a buscar fórmulas de cálculo das horas extras e segundas turmas, mas o processo está a ser lento e desgastante.
Neste momento, tal como indicou, a agremiação está a trabalhar com o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) e Contabilidade Pública, mas a resposta ainda não é satisfatória.
“São tantos professores afectados por este problema, não sabemos quantos já começaram a receber o valor das horas extras e segundas turmas, tal como afirma o Ministério da Economia e Finanças”, disse.
Muidumbe admitiu que a qualidade do ensino está directamente ligada à motivação do professor, sendo que a falta dela prejudica a transmissão de conhecimentos.
Entretanto, no 4º congresso da agremiação, realizado em 2019, decidiu-se transformar a ONP em Sindicato Nacional dos Professores de Moçambique (SNPM), pretensão que até ao momento não tem a resposta do Governo.
A ideia de sindicato tem em vista, fundamentalmente, unificar os professores para que numa só voz discutam os problemas que enfermam a classe.
Pretende-se, também, defender os interesses dos professores, como forma de resgatar a sua dignidade enquanto educador.
Outra inquietação tem a ver com capacitação e/ou formação para garantir que o professor esteja em melhores condições de transmitir os conhecimentos, ao mesmo tempo que se luta pela melhoria das condições de trabalho.
Fonte: Jornal Noticias
