Erosão ameaça bairros de Albazine e Mahotas na cidade de Maputo

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Mais de 20 casas correm o risco de desabar no bairro de Albazine, na cidade de Maputo. Os moradores daquele bairro dizem estar preocupados, e temem que a próxima época chuvosa agrave a situação e destrua as suas casas.Quem passa pelo bairro de Albazine, na Cidade de Maputo, depara-se com grandes crateras, em algumas ruas, cuja profundidade agrava-se sempre que chove. Com as crateras a aumentarem, os sinais de destruição, nas casas, tornam-se cada vez mais visíveis. Como consequência, há vedações a caírem aos pedaços, o que desespera os moradores.“Esta situação já dura mais de cinco anos e quando chove a situação agrava-se. Por exemplo o murro do vizinho ao lado desabou”, disse um morador do bairro de Albazine. Não é só um muro que desabou e teve de ser reconstruído, mas também há quem tem o seu estabalecimento comercial em risco iminente. Devido ao problema, Tafi Edson teve de fechar a entrada de viaturas da sua residência.“A rua não está boa, os carros não tem como passar por aqui. Outro dia acordamos e vimos que um murro havia caido”.O chefe do quarteirão, Frederico Macamo, diz que a falta de condições das ruas tem colocado em causa vários projectos. “Temos tanta coisa que parou, tanta coisa que não conseguimos fazer, não conseguimos ir mais a frente nas obras”.Para tentar proteger as suas casas, os moradores do bairro das Mahotas recorrem a sacos de areia e pedras, o que não tem trazido os resultados desejados. Ainda na tentativa de minimizar os impactos da erosão, os moradores depositam lixo nestas crateras para encerrá-las, entretanto, esta acção tem criado um outro problema, um cheiro nauseabundo.Só no quarteirão 84 do bairro Albazine há mais de 20 casas em risco de desabar. As autoridades locais dizem já ter encaminhado o problema ao município de Maputo, mas ainda não há uma solução.Os moradores do bairro das Mahotas clamam pela construção de valas de drenagem para escoar as águas da chuva, antes que as crateras engulam completamente as suas casas.Sobre o assunto, o município de Maputo mostrou indisponibilidade para se pronunciar.

Fonte:O País

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