Os preços do petróleo subiram ainda mais nesta sexta-feira, 04/10, e estavam no bom caminho para fortes ganhos semanais, com os investidores a ponderarem a perspectiva de um conflito mais amplo no Médio Oriente, interrompendo os fluxos de petróleo bruto contra um mercado global bem abastecido.
Os futuros do petróleo Brent subiram 55 cêntimos, ou 0,7%, para US$ 78,17 por barril, a partir das 08:31 GMT. Os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA subiram 50 cêntimos, também 0,7%, para US$ 74,21 por barril.
Ambos os índices de referência estavam a registar ganhos semanais de cerca de 9%.
Enquanto o Irão “salvou a face” com o seu ataque com foguetes a Israel na terça-feira, cresce o receio de que Israel possa atingir as infra-estruturas petrolíferas iranianas em resposta, o que poderia provocar novas retaliações, arrastando os Estados vizinhos para o conflito”, disse Ashley Kelty, analista da Panmure Gordon.
Os Estados Unidos estão a discutir se apoiarão os ataques israelitas às instalações petrolíferas iranianas como retaliação pelo ataque de mísseis de Teerão a Israel, disse o Presidente Joe Biden na quinta-feira, 03/10, enquanto as forças armadas israelitas atingiam Beirute com novos ataques aéreos na sua batalha contra o grupo armado libanês Hezbollah.
Os comentários de Biden contribuíram para uma subida de 5% dos preços do petróleo na quinta-feira, numa altura em que Israel pondera as suas opções depois de o arqui-inimigo Irão ter lançado o seu maior ataque de sempre na terça-feira, 01/10.
“O mercado já tinha uma quantidade substancial de posicionamento curto e baixas quantidades de comprimento líquido no mercado – deixando o mercado propenso a picos de preços mais altos ”, disse o analista da StoneX Alex Hodes.
As preocupações com a oferta de petróleo, que fizeram subir os preços no início da semana, foram também atenuadas pela capacidade de produção disponível da OPEP e pelo facto de o abastecimento global de crude ainda não ter sido perturbado pelos distúrbios no Médio Oriente.
Entretanto, o governo do leste da Líbia e a National Oil Corp, sediada em Tripoli, anunciaram na quinta-feira a reabertura de todos os campos petrolíferos e terminais de exportação, depois de resolvida uma disputa sobre a liderança do banco central, pondo fim a uma crise que tinha reduzido fortemente a produção de petróleo.
Esta medida permitiria ao país mais do que duplicar os seus níveis de produção, restaurando-os para cerca de 1,2 milhões de bpd.
Fonte: Reuters
Fonte: O Económico
