O meu onze da Liga

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Este vai ficar na história como o campeonato de Gyokeres, mas não
faltam cá craques. Muitos

Caiu o pano na temporada 2023/2024 com a final da Taça de Portugal colorida de azul e branco. Um bom momento para fazer o balanço de uma temporada que acabou com um troféu para cada um dos quatro primeiros classificados e também para eleger o meu onze. Vou cingir-me à Liga e apostar num modelo clássico, o tradicional 4x4x2.

Na baliza, Diogo Costa foi indiscutivelmente o melhor guarda-redes do campeonato. O número 1 da Seleção Nacional transmitiu sempre confiança e conseguiu disfarçar muitas debilidades da equipa, que, ainda assim, acabou por ser a melhor defesa do campeonato, com 27 golos sofridos, menos um que o Benfica e dois que o Sporting.

Na direita coloco Geny Catamo, talvez a maior revelação da temporada. Rúben Amorim transformou um extremo irregular num lateral desequilibrador – depois de ter feito do médio Pedro Gonçalves o melhor marcador da Liga, os sportinguistas já devem estar a sonhar com mais uma descoberta… No centro, outro sportinguista, Gonçalo Inácio, um esquerdino sem rival em Portugal e já a pedir outros palcos, e Otamendi, que com a sua experiência segurou a defesa de um Benfica sempre desequilibrado – e disso muito se ressentiu o prometedor António Silva. Na esquerda o lugar é de Nuno Santos, outra adaptação de Amorim que a cada jogo justifica a aposta. Tanto que já muitos questionam o porquê de não estar entre os eleitos de Roberto Martínez.

No meio-campo, a posição de médio mais defensivo é de Hjulmand, com licença de Alan Varela, que também me impressionou. O dinamarquês chegou quase como um desconhecido e pegou de estaca. Um dos que transfigurou o Sporting. À sua frente coloco João Neves, um médio ímpar. Daqueles que faz tudo e faz tudo bem. E o mais impressionante é que só tem 19 anos. Na direita, outro benfiquista: Di María. Um regalo poder vê-lo no futebol português, de onde há muito tinha partido para conquistar o mundo. É de outra galáxia. Não peçam a um craque para defender… Para completar o setor, Rafa, que somou 14 golos e 12 assistências apenas no campeonato. Deixa a Luz após, curiosamente, a melhor época da carreira: 22 golos e 15 assistências! Provavelmente, vai ser daqueles a quem só quando estiver longe lhe vão dar o devido valor.

Na frente, claro, Gyokeres. O vencedor de A BOLA de Prata, com 29 golos, e o melhor jogador da Liga. De longe. O sueco tudo mudou no Sporting. Teve um impacto brutal na equipa e com ele todos melhoraram. Este vai ficar na história como o campeonato do Gyokeres. Não é preciso acrescentar mais nada. Bem, é… neste artigo. Outro avançado. E escolho Jota Silva, pelo trajeto ascendente, pela alma com que joga e pela qualidade que apresenta no Vitória. Já chegou à Seleção Nacional e não vai ficar por aqui. Não há muitos como ele.

Fonte: A Bola

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