Faz tempo que o município de Marracuene prometeu reabilitação da estrada da Rua da FAO, na via CMC-FACIM, troço de cerca de 10 quilômetros que liga as cidades de Maputo e Marracuene. Os utentes pedem intervenção de urgência nesta via e recordam que o município prometeu melhorias durante a sua campanha mas até ao momento não cumpriu.Apesar das recentes obras de reabilitação em terraplanagem da Rua da FAO, a situação da via voltou a ser crítica. Quem reclama são os operadores de transporte público e utentes, que desafiam a inviabilidade para chegarem aos seus destinos. E uma preocupação ainda maior são os danos danos mecânicos nas suas viaturas e a intransitabilidade em dias de chuva.Benizardo Macuacua, municípe de Marracuene diz que o município de Marracuene tem a obrigação de intervir urgentemente tal como prometeu. “A estrada está péssima. Quando estavam em campanha o presidente do Munícipio disse que daria manutenção mas de lá até cá está tudo de qualquer maneira” reclamou.A urgência das intervenções é um clamor comum entre os automobilistas ao que Yunes Matavel reforçou. “Se a estrada melhorasse firariamos satisfeitos porque nestas condições levámos muito tempo para chegar ao trabalho, saímos de casa cedo mas atrasamos aqui mesmo”, disse.Para alé de constituir preocupação para quem faz o trajecto (cidade de Maputo-Marracuene), os residentes dos bairros Gwava, Mateque e Ricatla, por onde esta mesma via passa, reclamam das mesmas más condições da via.Enquanto não se intervir, quem usa a via vai continuar a perder mais tempo para chegar ao seu destino, uma vez que precisa conduzir com o esforço redobrado devido as pequenas lombas, covas e areal, o que para os transportadores de passageiros é ainda mais desgastante, pois precisam de pelo menos 10 viagens diárias para cobrir as receitas.Os problemas com suspensão do carro são constantes. Por acaso hoje vou apenas dar uma volta, preciso resolver problemas na parte traseira do carro. As molas e os casquilhos sempre quebram, as ponteiras nem dois meses duram e temos de fazer manutenção todos os dias”, reclamou, o transportador Aquino Ceifana.Nem para todos os problemas da via são completamente desvantajosos pois é possível encontrar diversas oficinas mecânicas ao longo da Rua da FAO.José David, residente em Marracuene, sugeriu que estava com seu carro em uma das oficinas mecânicas da via, sugeriu que a única solução viável é a asfaltagem. “O meu carro não está bom por causa das condições da estrada. Toda estrada devia ser intervencionada, só assim seria bom” defendeu.Em Novembro do ano passado a via beneficiou de manutenção em terraplanagem num valor estimado em mais de 1.8 milhão de meticais. Apesar de se reconhecer a intenção do Fundo Nacional de estradas os munícipes “precisam” de mais, uma nova estrada nesta via.“Terraplanagem o que é?, é trazer apenas areia vermelha par a via. Mas parece-me que areia vermelha com chuva não combina. Portanto, nos dias secos é uma solução mas nos dias de chuva não é”, criticou um automobilista.A opinião é também dos transportadores, quando está seco o problema é a poeira que obriga ao uso de máscarras e ainda dificulta a visão e, quando chove é a água que impossibilita a transitabilidade. “Quando chove tudo fica difícil e por vezes chegamos a ficar 5 dias parados e não ajuda em nada”, contou o transportador Elidio Nhampossa.Nessses dias de chuva a situação piora também para os passageiros que são obrigados a caminhar. “A gente caminha para CMC ou as vezes esperamos pelas boleias dos Myloves (transportes de caixa aberta)”, disse Olivia Xerinda.Por sua vez, o governo municipal, diz que está ciente das más condições da Rua da FAO e há vontade de obras de asfaltagem mas não há fundos. “Tenho de ser realista, não temos orçamento para construção de todas as estradas, mas continuaremos a passar a máquina e esperámos comprar as nossas próprias máquinas”, prometeu Shafee Sidat, edil de Marracuene.Também foi promessa de Sidat que vão iniciar obras de construção de duas estradas: Dom Alexandre e Santa Isabel.Para a cosntrução da estrada no troço da Rua da FAO, alguns munícipes também disseram que estão prontos para contribuir para com os seus impostos no processo de construção de estradas, e desafiam o governo municipal a dar os primeiros passos.Recentemente o governo municipal e gerentes do areeiro local localizado no início da via, nas proximidades da estrada circular de Maputo, celebraram um acordo para a asfaltagem do troço e já foi feito em uma extensão de menos de 1 quilômetro.
Fonte:O País