Sessenta e quatro milhões de dólares norte-americanos é quanto custa a materialização da iniciativa de aviso prévio de fenómenos naturais extremos, um programa que congrega os institutos nacionais das Comunicações de Moçambique, Meteorologia, Gestão de Risco de Desastres e a Cruz Vermelha de Moçambique.
Deste montante, estão disponíveis até ao momento 7.4 milhões de dólares, destinados ao mecanismo de financiamento de observações sistemáticas.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, que ontem procedeu ao lançamento do Roteiro Nacional da Iniciativa de Aviso Prévio para Todos e da Fase de Investimento do Mecanismo de Financiamento de Observações Sistemáticas, explicou que os primeiros contactos para a mobilização dos fundos para as actividades desta iniciativa já se iniciaram.
Detalhou, aliás, que os 7.4 milhões de dólares já disponíveis foram alocados pela Organização Mundial de Meteorologia, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e pelo Escritório das Nações Unidas para o Ambiente, devendo financiar 25 estações meteorológicas.
Deste lote, 21 estações de superfícies vão beneficiar de obras de manutenção e quatro serão construídas de raiz, cumprindo, assim, os requisitos de conformidade da Organização Mundial da Meteorologia.
O Presidente da República relembrou que os eventos extremos no país causam mortes e provocam danos materiais avultados, razão pela qual o aviso prévio é importante para reduzir estes impactos negativos.
Os ciclones tropicais afectam toda a costa, com maior incidência para as regiões centro e norte do país, as quais são atingidas, em média, três a quatro vezes por fenómenos naturais anualmente.
A vulnerabilidade de Moçambique aos eventos extremos é devido à sua localização geográfica, com costa de cerca de 2700 quilómetros.
Por seu turno, a Presidente do INGD, Luísa Meque, afirmou que Moçambique é um dos países-piloto na implementação da iniciativa de aviso prévio, lançada pelas Nações Unidas para redução da vulnerabilidade das comunidades da SADC e no Continente Africano.
Para Meque, a escolha de Moçambique para acolher esta fase surge do reconhecimento da liderança do Presidente da República em matérias de gestão e redução do risco de desastres no país.
Foto: Vecteezy
Fonte: Jornal Noticias