O dólar manteve-se perto de um máximo de uma semana face aos seus principais rivais, nesta sexta-feira, 09 de Agosto, depois de a maior queda nos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA em quase um ano ter dissipado os receios de uma recessão económica iminente.
O yuan da China ganhou após uma leitura da inflação mais forte do que o esperado e uma fixação mais firme da taxa de câmbio oficial.
A moeda americana manteve-se estável em relação ao iene japonês, após uma recuperação de três dias, apoiada por um aumento nos rendimentos do Tesouro, uma vez que os dados de emprego de quinta-feira, 08/08, mais firmes do que o esperado, estimularam uma redução nas apostas para cortes nas taxas de juros da Reserva Federal este ano.
O yen e o franco suíço, moeda de refúgio, mantiveram-se perto dos mínimos de uma semana, com as acções asiáticas a aproveitarem a recuperação nocturna em Wall Street, enquanto as moedas de maior risco, como o dólar australiano e a libra esterlina, se mantiveram elevadas.
Os mercados passaram por uma semana turbulenta, desencadeada em grande parte pelos números surpreendentemente suaves da folha de pagamento dos EUA, há uma semana atrás, que fez com que as acções globais caíssem, enquanto a procura pela segurança de activos como o iene e o franco suíço fez com que as moedas subissem para os seus níveis mais altos desde o início do ano, na segunda-feira, 05/08.
O dólar desceu 0,1% para 147,08 yens, a partir das 04:50 GMT, em curso para um avanço de cerca de 0,4% esta semana, apesar da queda vertiginosa de 1,5% de segunda-feira, 05/08.
O franco caiu 0,1% para 0,8659 francos, no caminho para um avanço semanal de 1%.
Os pedidos iniciais de subsídio de desemprego do estado caíram 17.000 para 233.000 ajustados sazonalmente para a semana encerrada em 3 de agosto, a maior queda em cerca de 11 meses. Economistas consultados pela Reuters previam 240.000 pedidos para a última semana.
As probabilidades de a Reserva Federal reduzir as taxas de juro em 50 pontos base na sua próxima reunião de 17 e 18 de Setembro caíram para 54%, de 69% um dia antes, com um corte de 25 pontos base a ter agora uma probabilidade de 46%, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
“Apesar da volatilidade dos dados relativos aos pedidos de indemnização, especialmente nesta altura do ano, os dados ajudaram a dissipar os receios de uma deterioração mais rápida do mercado de trabalho”, disse à agência Reuters, Taylor Nugent, economista sénior de mercados do National Australia Bank.
A enorme recuperação de Wall Street, que estimulou a fuga do iene e do franco suíço, foi “uma reação invulgar a uma impressão semanal tão volátil … sublinhando a sensibilidade do mercado aos indicadores do mercado de trabalho após os salários baixos de sexta-feira,09/08 “, disse ele.
A desvalorização do yen a descoberto está terminada?
O yen disparou este mês, atingindo o valor mais forte desde 2 de Janeiro, 141,675 por dólar, na segunda-feira, 05/08, com o desenrolar das posições curtas a ganharem força, na sequência de uma subida surpreendente das taxas pelo Banco do Japão, no meio da fraqueza dos indicadores económicos dos EUA.
Os números da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (Commodity Futures Trading Commission), nesta sexta-feira, 09/08, darão uma indicação mais clara de que a redução de posições já está a decorrer.
O índice do dólar, que mede a moeda contra o iene, o suíço, o euro, a libra esterlina e dois outros pares, foi 0,1% menor em 103,17, após três dias de ganhos. Subiu para 103,54 em um ponto durante a noite, pela primeira vez desde 2 de agosto, mas foi negociado pela última vez pouco alterado em relação a uma semana atrás.
O euro foi pouco alterado em US$ 1,0921, subindo 0,1% em relação a uma semana atrás. Na segunda-feira,05/08, a moeda comum subiu para US$ 1,1009 pela primeira vez desde 2 de Janeiro.
A libra esterlina ficou estável em US$ 1,2756, após uma recuperação de 0,49% durante a noite, que a puxou de volta de uma baixa de mais de um mês. No entanto, manteve-se em curso para uma queda de 0,4% esta semana, o que seria a quarta semana consecutiva de quedas.
O Aussie ficou estável em US$ 0,6595, depois de tocar anteriormente em US$ 0,6604 pela primeira vez desde 24 de Julho, com apoio adicional dos comentários hawkish do governador do Banco da Reserva da Austrália no dia anterior. Está em alta de 1,24% esta semana.
O dólar da Nova Zelândia atingiu uma alta de três semanas de US$ 0,6035 antes de ser negociado pela última vez em alta de 0,2% no dia, em US$ 0,6026. Isso apesar de uma queda nas expectativas de inflação, que tem os comerciantes agora precificando 80% de chances de um corte de um quarto de ponto na taxa quando o banco central definir a política na quarta-feira, 07/08.
O yuan chinês fortaleceu-se cerca de 0,3% para 7,1651 por dólar no comércio offshore. O índice de preços ao consumidor da China subiu 0,5% em Julho em relação ao ano anterior, acelerando de um ritmo de 0,2% em Junho e superando o aumento de 0,3% previsto pelos economistas.
Em outros lugares, a principal criptomoeda bitcoin atingiu uma alta de uma semana de US$ 62,717, e foi negociada pela última vez cerca de 3.3% mais alta em US$ 61,500. Durante a semana, subiu cerca de 4%.
Fonte: O Económico
