Pelo menos 600 indivíduos que cumprem penas nos estabelecimentos penitenciários da província da Zambézia estão a frequentar cursos técnico-profissionais de curta duração para ganharem habilidades para a vida de olhos na sua reinserção social.
Trata-se de cursos de carpintaria, serralharia, corte e costura com vista a oferecer competências do saber fazer. A ideia, soube o “Notícias”, é capacitá-los para que tenham uma fonte de sobrevivência e inserção social depois de cumprirem a pena.
Horácio Curungo, chefe do departamento de Penas Alternativas na Penitenciária provincial da Zambézia, disse que o programa de formação inclui também a produção de alimentos e criação de animais de pequeno porte.
Precisou ainda que a produção agrícola e criação de animais visam, entre outros, a auto-provisão de comida, reduzindo a pressão sobre o orçamento das penitenciárias.
O dirigente referiu, igualmente, que os programas de formação estão a transformar vidas e a dar propósito aos reclusos para a sua reinserção nas comunidades.
Curungo explicou ainda que a implementação das actividades do saber fazer visam também combater a reincidência dos reclusos e diminuir a sua ociosidade.
Além dos cursos profissionalizantes, os prisioneiros ganham o gosto pela leitura através de sessões de leitura, com a aquisição este ano de livros para a criação de uma biblioteca. Com esta iniciativa, a educação da população reclusa não se limita apenas à alfabetização, pois permite a formação do leitor e do cidadão crítico.
Foto: Arquivo
Fonte: Jornal Noticias