“Guerreiros de praia” em Vitória para vencer Seychelles

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A selecção nacional de futebol de praia realizou, esta quarta-feira, o último treino em Maputo antes da partida para Vitória, onde vai defrontar, no sábado, as Seychelles para a primeira mão da eliminatória de acesso ao CAN da modalidade. A equipa técnica e os jogadores dizem-se preparados para o jogo e para passar a eliminatória.Tudo pronto para a partida para Seychelles, onde se disputa, no sábado, a primeira metade da eliminatória de acesso ao CAN de Marrocos. No balneário moçambicano, não se pensa num outro resultado a não ser vencer e passar à fase final da competição continental.O seleccionador nacional de futebol de praia, Saidate Moveia, garante que a preparação foi positiva em todas as 33 sessões e em todos os aspectos trabalhados. “Terminamos a nossa preparação aqui, em Moçambique. Tivemos uma preparação muito boa, com um tipo de treino integrado, em que abrangíamos aspectos físicos, técnicos e tácticos em simultâneo”, disse.Ainda assim, Moveia garante que o plantel está animado, motivado, “que é para chegarmos a Seychelles fazer um bom resultado para ver se conseguimos passar para o CAN”.O conjunto moçambicano iniciou os trabalhos com 27 jogadores, tendo sido convocados para a fase final apenas 14, dos quais apenas 12 é que viajam para Vitória. O seleccionador garante que todos estão em condições de jogar e representar condignamente o país.Relativamente às ausências, Moveia diz mesmo que só faz falta quem está na equipa. “Começamos a preparação com todos, mas tivemos algumas contrariedades, casos de Horácio, guarda-redes do Brera, que teve lesão à última hora, para além de Nelson Manuel, que também constava da convocatória, que também não deu para ir connosco devido à lesão”, mas nada que provocasse desconforto na equipa técnica, até porque “só dá falta quem está aqui presente”.A única promessa do seleccionador nacional é de que “vamos trabalhar com todos eles, de modo a chegar lá e representar condignamente a nossa selecção e o nosso país”. Adversário difícil, mas ao nosso nívelApesar de ser um adversário já conhecido e que perdeu os dois jogos anteriores realizados com o combinado nacional, os “guerreiros de praia” reconhecem que não será jogo fácil, mas a preparação tida até ao momento e o ambiente que se vive no balneário dão garantias de um bom resultado.“Seychelles está com um bom projecto de federação deles neste momento. Estiveram connosco há pouco tempo na Cosafa e bateram-se bem e estiveram bem lá. Agora tem uma equipa com algumas vantagens, pontos positivos e nós, nessa preparação trabalhamos também com os pontos fortes deles e os pontos negativos para expolorar”, disse Saidate Moveia.Aliás, a equipa técnica diz ter conhecimento da selecção actual das Seychelles e, por isso, com estratégia bem traçada. “Eles têm uma equipa agressiva, uma equipa com uma boa compleição física, uma equipa que joga até aos oito minutos e depois começa a fraquejar, e é assim como trabalhamos”, disse Moveira. O facto é que as Seychelles vão organizar o Campeonato do Mundo de Futebol de Praia em 2025 e Moveia entende que “querem aproveitar o CAN como espelho para o que vão fazer na prova da sua casa”.Por isso mesmo, “não vai ser um jogo fácil, mas nós nos preparamos em vários aspectos, principalmente nesses três aspectos principais: físico, técnico-tácticos e psicológicos para podermos sair de lá com o melhor resultado possível”, e o melhor resultado possível, para Saidate Moveia, é passar a eliminatória.O seleccionador nacional não tem dúvidas de que Moçambique é um colosso na modalidade, e como colossos “temos de continuar no topo do futebol de praia”. Jogadores motivados e preparadosPara além do seleccionador nacional, no último treino dos “guerreiros de praia” na Arena da Costa do Sol falou também o capitão da equipa, Ângelo Tomás, conhecido como Dino nas arreias.Dino diz que se vive um bom ambiente no balneário. “O balneário está muito bom, tanto a nível anímico como psicológico. A equipa tem vindo a comportar-se muito bem e estamos preparados para encarrar o jogo da primeira mão em Seychelles”, começou por dizer Dino.O capitão está ciente de que não será jogo fácil, até porque o adversário é aquele que já é conhecido, com o qual já se jogou por duas ocasiões, ambas vencidas por Moçambique, por números gordos. Ainda assim, segundo Dino, “cada jogo é um jogo e temos que encarrar este jogo com respeito, acima de tudo, humildade e encararmos o adversário de frente”.Para este jogador, o trabalho realizado pela equipa técnica durante as sessões de treinos foi bom e dá boas garantias. “Se conseguirmos assimilar bem aquilo que foram as orientações dos nossos treinadores, acredito que podemos tranquilizar os moçambicanos e teremos a eliminatória nas mãos, mas sempre com humildade e respeito”, disse Ângelo Tomás. “Esperamos muito apoio dos moçambicanos”Para o alcance dos objectivos da selecção nacional nesta eliminatória, a equipa técnica e os jogadores consideram que o apoio dos moçambicanos será determinante na obtenção dos objectivos traçados.“Agradecer à Comissão de Futebol de Praia pelo apoio que nos tem dado e à estrutura da Federação Moçambicana de Futebol, também, pelo apoio, e esperamos que todos nos apoiem e sejamos um único em prol da selecção, que nós vamos fazer a nossa parte”, disse o seleccionador nacional, Saidate Moveia.Já Dino garante que, com apoio dos moçambicanos, é possível continuar a alcançar bons resultados. “A mensagem aos moçambicanos é a mesma de sempre: que nos apoiem, porque prometemos ser aquela selecção briosa, que dá segurança aos moçambicanos. Queremos dar alegria ao povo moçambicano e esperamos sempre pelo apoio deles, que será importante para nós e juntos vamos celebrar esta qualificação que é o que nós almejamos”, concluiu o capitão.Os guerreiros partiram para Vitória esta quarta-feira, para o embate de sábado, diante da selecção local, as Seychelles. O jogo está na primeira mão de acesso ao CAN de Marrocos, ainda este ano.

Fonte:O País

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