Perdas com fraudes electrónicas atingem 180 milhões de Meticais em 2023, são contabilizados 39 mil Casos

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Segundo o Banco de Moçambique, em 2023 foram registadas aproximadamente 39 mil fraudes envolvendo meios de pagamento electrónicos, resultando em perdas financeiras avaliadas em cerca de 180 milhões de meticais. Nos primeiros cinco meses de 2024, já foram contabilizadas 8 mil fraudes, com perdas que atingem perto de 112 milhões de meticais. Estes números preocupantes foram destacados no primeiro seminário dedicado a fraudes utilizando redes de telecomunicações e meios de pagamento electrónicos, uma iniciativa conjunta entre a Procuradoria-Geral da República, o Banco de Moçambique e o Instituto Nacional da Comunicações de Moçambique.

Num evento que reúne especialistas do sector financeiro e de comunicações, visa discutir o aumento alarmante dessas fraudes e propor soluções para proteger os consumidores e o sistema financeiro do País.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) também está a intensificar seus esforços para combater este tipo de crime. De acordo com a PGR, 286 processos-crime relacionados a fraudes informáticas foram tramitados apenas no primeiro semestre de 2024. As regiões mais afectadas incluem a cidade de Maputo e as províncias de Niassa e Zambézia, que registaram o maior número de casos.

O Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique (INCM), a entidade reguladora das comunicações no País, está focado em garantir a segurança e a resiliência das redes de telecomunicações. O INCM enfatiza a importância de operadores e prestadores de serviços assegurarem que suas redes são confiáveis, condição essencial para o desenvolvimento socioeconômico de Moçambique, onde a digitalização está se tornando central para todas as ações na sociedade.

Por sua vez, o Governo, representado pelo Vice-Ministro dos Transportes e Comunicações, Amílton Florêncio Alissone, reiterou seu compromisso em fortalecer as capacidades técnicas e de inteligência para enfrentar esses desafios de maneira eficaz. Alissone salientou que a luta contra as fraudes eletrônicas é uma responsabilidade de toda a sociedade, e que todos devem estar envolvidos para que as medidas de proteção sejam efetivas.

O seminário, que termina nesta sexta-feira, é considerado uma oportunidade para os diversos actores do sector financeiro e de telecomunicações discutirem as melhores práticas e estratégias para mitigar o impacto das fraudes eletrônicas. A expectativa é que as discussões resultem em acções concretas e colaborativas para proteger os consumidores e fortalecer a confiança no sistema financeiro digital de Moçambique.

O evento também reflecte a crescente preocupação com a segurança das transações electrónicas e a necessidade de um esforço coordenado entre Governo, reguladores e empresas para enfrentar essa ameaça crescente.

 Com o aumento da digitalização, garantir a segurança dos meios de pagamento electrónicos é crucial para a segurança do mercado, desenvolvimento sustentável e inclusão financeira no país.

Fonte: O Económico

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