Comunidade humanitária relata mortes na RD Congo após trégua no Kivu do Norte

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O Escritório da ONU de Assistência Humanitária, Ocha, está preocupado com a violência e mortes na República Democrática do Congo, RD Congo, mesmo após a pausa anunciada há mais de duas semanas na província do Kivu do Norte.

Em nota, o escritório menciona ataques armados contra civis acontecendo na área de Lubero, que “reduziram o acesso humanitário a várias áreas abrigando deslocados.”

Mais de 390 mil deslocados

Somente entre março e o início de julho, mais de 390 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas nessa área em Rutshuru na sequência do anúncio da trégua.

Com a trégua, foi retomada a ação de agências de ajuda que fizeram a distribuição de suprimentos médicos e outros tipos de auxílio essencial para deslocados e retornados. Em Lubero há grande necessidade de apoio com itens básicos.

O apelo do escritório é que aumente a proteção de trabalhadores humanitários e dos civis. Com o anúncio da extensão da trégua humanitária até 3 de agosto, a ONU vê “um passo bem-vindo, mas considera essencial que as partes em conflito “atuem pelo fim definitivo dos combates e busquem uma resolução negociada sustentável”.

Já na província congolesa de Ituri, forças de manutenção da paz disseram ter respondido a tiros à ação iniciada por membros do grupo armado Codeco em incidentes separados ocorridos em aldeias da área de Djugu no sudeste.

Chegada de boinas-azuis

A Missão da ONU na República Democrática do Congo, Monusco, destacou que os invasores se retiraram com a chegada dos boinas-azuis.

A operação de paz apoiou a construção de instalações de treinamento vocacional para ajudar ex-membros de grupos armados e jovens em risco de se reintegrarem em suas comunidades em Komanda. Outro alvo é apoiar o treinamento em áreas como carpintaria, alfaiataria e mecânica.

A iniciativa em apoio ao Programa de Desmobilização, Desarmamento e Comunidade faz parte do plano de recuperação e estabilização do governo para ex-combatentes de diferentes grupos armados.

A meta da missão é contribuir para a redução do desemprego juvenil, ao mesmo tempo em que é promovida a paz e o desenvolvimento na região congolesa.

Fonte: ONU

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