Um pouco mais de 200 pessoas foram presas, enquanto manifestavam contra a proposta de aumento de impostos, na cidade de Nairobi, no Quénia. Grupos da Sociedade Civil dizem que as manifestações continuarão.O Comandante da Polícia de Nairobi, Adamson Bungei, disse na terça-feira que nenhum grupo recebeu permissão para protestar na capital. Explicou ainda que o direito a protestos pacíficos está garantido na constituição do Quénia, entretanto, os organizadores são obrigados a notificar previamente a polícia.A agitação foi causada pela propostas de aumento de impostos num projecto de lei financeira que deverá ser apresentado no parlamento.A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo contra centenas de manifestantes, nesta terça-feira, forçando as empresas a fecharem por medo de saques temporários. O advogado Wanjohi Gachie, um dos manifestantes, disse que estava a protestar em nome de todos os quenianos que seriam potencialmente onerados pelos aumentos de impostos. “Peço à polícia que não nos prenda nem nos espanque porque também lutamos pelos seus direitos”, disse ele.O líder da oposição, Raila Odinga, instou os deputados a examinarem o projecto de lei e a votarem para remover cláusulas que sobrecarregariam os pobres.“É pior do que o de 2023, um assassino de investimentos e uma enorme pedra de moinho no pescoço de milhões de quenianos pobres que devem ter esperado que as lágrimas que derramaram sobre os impostos, no ano passado, fizessem com que o governo diminuísse a carga fiscal em 2024”, disse Odinga em comunicado.Kalonzo Musyoka, outra figura da oposição, disse que os protestos semanais seriam retomados se o projeto de lei financeira fosse aprovado conforme proposto.
Fonte:O País